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Paciência, tolerância, resignação, coragem…

A paciência também pode ser considerada como a ciência da paz

“Pela vossa paciência possuireis a vossa Alma”. – Jesus.  (Lc., 21:19)

O processo evolutivo não é um parto indolor e tampouco incruento… E porque a dor invariavelmente nos marca a ascese espiritual, faz-se urgente a paciência para suportá-la, buscando, ao mesmo tempo, o entendimento de sua finalidade emancipadora…

Jamais teremos do que nos arrepender quando utilizarmos – em larga escala – a paciência. E sempre será desastrosa a atitude gerada pela impaciência…

Joanna de Ângelis ensina  que “(…) o homem moderno tem premente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema: o atropelo do trânsito; a balbúrdia geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas; as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes da alta tecnologia e do relacionamento social que levam o homem a enarmonias que a paciência pode evitar.

Exercitando a paciência nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves, vez que a irritação é sinal vermelho na conduta e o agastamento é arma perigosa pronta a desferir golpe”.

Ainda aconselha a Mentora Amiga com ternura: “(…) se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante; se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco; se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar; se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional. O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive”.

Em uníssono com a nobre Mentora de Divaldo Franco, o não menos nobre Mentor de Chico Xavier aduz : “(…) em qualquer circunstância espera com paciência: se alguém te ofendeu, espera! Não tomes desforço a quem já carrega a infelicidade em si mesmo.

Se alguém te prejudicou, espera! Não precisas vingar-te de quem já se encontra assinalado pela justiça.

Se sofres, espera! A dor é sempre aviso santificante. Se o obstáculo te visita, espera! O embaraço de hoje, muita vez, é benefício amanhã.

A fonte, ajudando onde passa, espera pelo rio e atinge o oceano vasto; a árvore, prestando incessante auxílio, espera pela flor e ganha a bênção do fruto. Todavia, a enxada que espera, imóvel, adquire a ferrugem que a desgasta; o poço que espera, guardando águas paradas, converte a si próprio em vaso de podridão…

Sejam, pois, quais forem as tuas dificuldades, espera, fazendo em favor dos outros o melhor que puderes, a fim de que a tua esperança se erga sublime, em luminosa realização”.

Conforme asseverou Allan Kardec, o Espiritismo “(…) mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento; sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da Alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que descortina, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho”.

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