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Sutilezas na abordagem aos espíritas neófitos

Divulgar os preceitos do Espiritismo é importante, mas aproveitá-los é essencial

“E se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber”. – Paulo. (I cor., 8:2)

No livro “Renúncia”, psicografado por Chico Xavier, da lavra mediúnica de Emmanuel, Alcíone explica o “modus operandi” ao qual o neófito espírita deverá se submeter – no devido tempo – para assenhorear-se das etapas iniciais a serem vencidas:

1.    Conhecer os ensinamentos de Jesus;
2.    Meditar sobre eles;
3.    Senti-los;
4.    Vivenciá-los!

Não pode, pois, existir atropelos ou “queimas de etapas” sob pena de se fracassar no tentame de erradicar o “homem velho” de nossas vidas e acoroçoar o “homem novo” devidamente evangelizado. Portanto, o aproveitamento das lições passa por essas indispensáveis fases iniciais.

Segundo Emmanuel , o nobre guia espiritual de Chico Xavier, “(…) geralmente o primeiro impulso dos que ingressam na fé constitui a preocupação de transformar compulsoriamente os outros.

Semelhante propósito, às vezes, raia pela imprudência, pela obsessão… O novo crente flagela a quantos lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando ideias alheias e violentando situações, esquecido de que a experiência da alma é laboriosa e longa e de que há muitas esferas de serviço na casa de Nosso Pai.

Aceitar a boa Doutrina, decorar-lhe as fórmulas verbais e estender-lhe os preceitos são tarefas importantes, mas aproveitá-la é essencial.

Muitos companheiros apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo, estão sempre inclinados a rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminho da crença. Não toleram pequeninos aborrecimentos domésticos e mantêm verdadeiro jogo de máscara em todas as posições.

A palavra de Paulo, no entanto, é muito clara: a questão fundamental é de aproveitamento. Indubitável que a cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao seguro ministério do bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do crente ambiciona a santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da vida, é indispensável se ocupe nas coisas sagradas do Espírito”.

Não devemos anatematizar os que ainda não queiram receber os ensinamentos, nem ouvi-los, nem meditá-los, nem senti-los e muito menos praticá-los, visto que ainda vão precisar ficar entregues a si mesmos até que o Pai Celestial, por intermédio de situações ou circunstâncias venha cuidar dessas ovelhas tresmalhadas. (Geralmente isso é tarefa da senhora dor ou do senhor sofrimento).

Por traduzir sempre a vontade do Mais Alto, o Espiritismo  diz aos seus adeptos: “(…) não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensam como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranquilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo: outrora, o Céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura”. E acrescentou : “Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir”. Essas palavras que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.

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