Em parceria com a SOGIMIG, é realizado, no UNIFAMINAS, o I Congresso de Saúde da Mulher e a VI Jornada de Ginecologia e Obstetrícia

O Centro Universitário UNIFAMINAS promoveu, em seu Teatro UNIFAMINAS, a VI Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Regional Sogimig de Muriaé – Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais e o I Congresso da Saúde da Mulher, nos dias 20 e 21 de outubro, que contou com a participação de diversos profissionais da área e de acadêmicos em Medicina.

De acordo com a coordenadora do curso de Medicina do UNIFAMINAS, doutora Cristina Maria Ganns Chaves Dias, o evento é um congresso que reúne grandes profissionais especialistas em Ginecologia e Obstetrícia.

“Ficamos muito felizes em poder reunir, neste evento, membros da sociedade de ginecologistas de Minas Gerais, e proporcionar, ainda mais, aos nossos alunos, conhecimento sobre os assuntos desta área específica da Medicina através das palestras ministradas pelos especialistas”, diz.

A coordenadora disse ainda que esta é a primeira Jornada do curso de Medicina do UNIFAMINAS com a participação da Sogimig. “Esperamos que este congresso seja o primeiro de muito com a presença dos membros da Sogimig, que contribuíram para a formação de nossos futuros médicos”, conta.

A VI Jornada de Ginecologia e Obstetrícia contou, também pela primeira vez, com o Congresso de Saúde da Mulher, do curso, coordenado pelo médico e professor de Ginecologia no UNIFAMINAS, Carlos Wilson.

“Foi muito bom contar com o apoio Sogimig nesta VI Jornada, que tanto investe na educação continuada, e com o patrocínio do Conselho Regional de Medicina”, diz.

De acordo com Carlos Wilson, as palestras abordaram assuntos como a valorização do médico ginecologista e obstetra, a prevenção do câncer, a gestação, a gestação de risco, e a situação das doenças como Zika, Dengue, Chikungunya no Estado de Minas Gerais.

O médico ginecologista, doutor Eduardo Batista Cândido, diretor de Comunicação da Sogimig, veio de Belo Horizonte para participar da VI Jornada e falou conosco sobre a importância do ginecologista na saúde da mulher.

“É imprescindível o cuidado em relação à saúde e a procura pelo ginecologista, que acaba sendo o médico de referência na vida da mulher em várias fases de sua vida. Este é um fator de extrema importância para que se direcione a condição de saúde da mulher, no encaminhamento para outras especialidades. Hoje, o câncer de mama, por exemplo, é o mais frequente na vida da mulher, seguido pelo câncer de colo de útero, ambos diagnosticados pelo ginecologista que, se tratados, precocemente, as chances da paciente ter uma sobrevida de qualidade é muito maior”, conta.

De acordo com Eduardo, além dos casos de câncer, a saúde da mulher corre um grande risco com a presença das DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis). “Temos observado um aumento exponencial nos casos de Sífilis em nosso País, com repercussão sobre as gestantes e nos fetos, que adquirem sequelas muitas vezes irreparáveis. Dessa forma, é muito importante que as mulheres façam consultas regulares com seu ginecologista. Aproveito para agradecer ao público de Muriaé, ao UNIFAMINAS, patrocinadores e ao médico e professor Carlos Wilson pela oportunidade em debatermos assuntos tão importantes como estes”, diz.

O médico ginecologista e atual secretário municipal de Saúde de Muriaé, Paulo César de Oliveira, também esteve presente no evento para mediar uma mesa redonda. “Este foi um congresso de alto nível, eu diria que um padrão de capital, com professores de outras renomadas universidades para proporcionar troca de informação de qualidade. Aproveito para parabenizar o médico e professor, Carlos Wilson, pela organização do evento”, conta.

Richard Rodrigues, médico ginecologista e obstetra e coordenador do Núcleo de Saúde do UNIFAMINAS, falou a respeito sobre a Jornada. “Os temas abordados nessa Jornada auxiliam no aprimoramento tanto para os alunos quanto para os médicos da área que atuam em Muriaé. São temas atuais e do dia a dia que precisam sempre ser discutidos”, diz.

Sobre os palestrantes – Nos dois dias de evento, a VI Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Regional Sogimig de Muriaé contou com a presença de cinco profissionais palestrantes, entre eles:

Doutor Agnaldo Lopes da Silva Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vice-presidente da Região Sudeste da FEBRASGO e chefe do Departamento GOB da Faculdade de Medicina da UFMG.

Doutor Carlos Henrique Mascarenhas Silva, especialista em Medicina Fetal pela Universidade de Londres, coordenador do serviço de Medicina Fetal e Ultrassonografia e do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Mater Dei e presidente da Sogimig.

Doutora Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos, mestre e doutora em Medicina pela UFMG, conselheira e 1ª secretária do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e diretora da Clínica Life Search, que falou a respeito sobre a valorização do médico ginecologista e obstetra.

“Sabemos que a prática da medicina reflete na saúde da mulher. Todo o caos que acontece na saúde do Brasil tem-se tentado muito deteriorar a figura do médico. Viemos hoje, neste congresso, mostrar o que pode ser feito para valorizar o trabalho do profissional e quais as formas de defesa da categoria médica para melhorar sua relação e posicionamento perante a sociedade. O que o Conselho Regional de Medicina visa é um bom atendimento à população”, conta.

Doutora Inês Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro, diretora da Sogimig, diretora da Clínica Life Search e responsável técnica do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da UFMG.

Doutora Regina Amélia Lopes Pessoa de Aguiar, professora associada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, mestre e doutora em Obstetrícia pela UFMG e consultora da Coordenação de Atenção à Saúde das Mulheres e Crianças da secretaria de Estado de Minas Gerais.

Regina falou sobre três temas importantes no cenário nacional, que são as infecções pelo Zica, Chikungunya e Sífilis.

“Procurei abordar sobre estas três doenças no período da gravidez, no parto e no nascimento. Zica é uma doença que, recentemente, nós identificamos como sendo responsável pela grave má-formação em crianças; que a Chikungunya, quando acontece em um período próximo ao parto, pode colocar o recém-nascido em risco porque ele pode adquirir a doença e terem quadros neurológicos muito graves; e sobre a epidemia de Sífilis que acomete todo o Brasil, com crianças nascendo com a doença e, assim, adquirindo sequelas congênitas”, diz.

Regina explica que, para todas essas doenças, existem formas de prevenção, diagnóstico e reduzir a ocorrência dos casos graves.

“O grande desafio para evitar doenças como a Zica e a Chikungunya é o controle do mosquito, o que depende muito de ações governamentais e da participação da sociedade. Em relação à Sífilis, é preciso que o casal entenda que é importante realizar o exame que identifica a doença no período da gravidez. Quanto mais cedo identificar a doença neste período e iniciar o tratamento, e proteger a saúde do bebê”, conta.

Palavra dos estudantes – A reportagem do jornal A Notícia também conversou com acadêmicos de Medicina o para saber o que eles acharam sobre o evento.

As alunas Daniele, Bianca e Laisa Barcelos, todas do sétimo período do curso, disseram que, apesar de ainda estarem em uma etapa generalista na formação como profissionais, consideraram o evento de extrema importância para aprimorarem seus conhecimentos sobre Ginecologia, Obstetrícia e doenças relacionadas.