Search
Close this search box.

Os encantos de Sintra

Sintra é um destino obrigatório de quem vai a Portugal. Distante aproximadamente 32 km de Lisboa, município ao qual pertence, possui inúmeros pontos turísticos que, ao longo dos anos, lhe conferiram projeção internacional.

Podemos chegar a Sintra partindo de Lisboa, por ônibus, taxi ou, mais pitorescamente e mais barato, por trem, um percurso que se faz em cerca de 50 minutos, partindo da Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa. Além da sua parte baixa, por onde se chega de trem, o visitante se encanta com a parte alta, com o seu Castelo Mouro, restos de uma antiga fortaleza para defesa da capital do país e do magnífico Palácio da Pena, ambos com uma vista privilegiada para a monumental desembocadura do Rio Tejo, que se confunde com o Oceano Atlântico, que se perde no longínquo horizonte. Isso se o visitante contar com um dia claro, pois normalmente aquelas montanhas íngremes, cobertas por uma espessa floresta, são também cobertas por uma espessa bruma que lhes conferem um ar místico e impressionante.

O poeta inglês Lord Byron (George Gorden Noel) esteve em Sintra e se impressionou com a sua beleza e, embora fosse um crítico mordaz da sociedade e dos costumes portugueses, elogiou as belezas de Sintra em alguns de seus versos. Quando Byron esteve em Sintra, a família real, liderada pelo príncipe regente D. João, havia se transferido para o Brasil e Portugal achava-se invadido pelas tropas napoleônicas e por tropas inglesas que ajudavam na libertação da nação portuguesa.

Mas foi na segunda metade do século XIX que dois ilustres escritores portugueses: Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão escreveram o famoso folhetim “Os Mistérios da Estrada de Sintra”, a primeira narrativa de cunho policial da literatura portuguesa, publicada primeiramente em folhetins no “Diário de Notícias”, de Lisboa, entre os dias 24 de julho e 27 de setembro de 1870. Sua versão em livro sairia quatro anos depois.

A subida pela íngreme montanha é através de uma estreita e tortuosa estrada. O ônibus que dá acesso aos castelos, em alguns momentos, tem que fazer manobras para contornar algumas curvas acentuadas. Mas vale a pena a aventura.

Porém, os encantos de Sintra não se resumem apenas em sua parte alta. A vila, em si, é bastante agitada e movimentada por turistas durante todo o ano. Sintra, por sua numerosa população e solidez turística, já poderia ter se separado como município independente de Lisboa, mas a sua população prefere manter o vínculo como vila pertencente à capital portuguesa.

Em suas ruas centrais, destacam-se as amoreiras, árvores frutíferas de quatro a dez metros de altura que, principalmente nos meses de junho e julho, enfeitam as ruas com suas amoras de um vermelho escuro que tingem as calçadas esmagadas pelos pés dos que passam. As amoreiras, ou “Morus Nigra”, têm sua origem mais provável no norte da China, onde sempre foram cultivadas como alimento do bicho-da-seda. Com os tempos, disseminaram-se por todo o mundo e hoje enfeitam, também, com sua folhagem verde e seus frutos negros, as ruas da Vila de Sintra.

Deixe um comentário

Outras Notícias