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O futebol e a política

Francisco Laviola – 26/07/2018

A política brasileira está parecendo com as discussões de futebol. Quando se fala que está aberta a janela do futebol, é porque os clubes podem negociar os seus melhores jogadores com quem lhes pagar mais. Este é o momento certo para os clubes faturarem uma “grana” extra em cima das suas principais “promessas” consideradas como jóias raras. São jogadores privilegiados que se destacam nas suas primeiras competições e que rapidamente viram ídolos dos fanáticos torcedores.

Assim como no futebol, estão abertas as janelas das negociações políticas para formar as coligações partidárias daqueles que irão disputar as próximas eleições no dia 7 de outubro.

Se o leitor quiser mais coincidências, podemos dizer que teremos candidatos a presidente da República representando a extrema esquerda com a liderança de Lula, ainda que preso, a extrema direita, representada pelo “atacante” Jair Bolsonaro, e ainda teremos, como sempre,  um “meio de campo” meio embolado, é verdade, representado pelo  tão falado centrão, que poderá englobar nada mais nada menos do que 13 partidos de menor expressão, formando um bloco de apoio a um só candidato.

Se na Copa do Mundo, o objeto de desejo de todos os competidores era aquela taça de ouro conquistada pela França, na política, o que vale milhões de reais são os míseros minutos que alguns partidos chamados de nanicos têm para negociar com outros de maior expressão, e assim, tentarem, por essa via, chegar ao poder.  Acrescentar um pouquinho mais de tempo de propaganda nas redes de rádio e televisão aos partidos políticos, que tenham possibilidade de sucesso nas eleições, é o real objeto de desejo nos dias atuais.

Tudo isso seria absolutamente normal, uma vez que a legislação permite as coligações partidárias para sustentar a governabilidade do país. Porém, como no Brasil nada funciona sem as famosas maracutaias, certamente veremos, mais uma vez, além do pragmatismo, o fisiologismo barato, que há anos vem acontecendo em todas as eleições. Com esse estapafúrdio quadro partidário, com nada mais nada menos do que 35 partidos, a maioria legendas de aluguel, é quase impossível mudar a cultura das negociatas que nos últimos governos emporcalharam a política brasileira.

De qualquer forma, está chegando a oportunidade de mais uma eleição. Sinceramente está difícil de encontrar no cenário político algum candidato a presidente com um perfil conciliador que possa pacificar o país. O Brasil precisa é de alguém que tenha credibilidade para governar com o povo e para o povo. Vamos torcer para que apareça algum novo personagem com esse perfil.  Quem sabe?

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