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E o tempo não para

Francisco Laviola – 09/08/2018

É impressionante a velocidade da informação nos dias em que vivemos. Sem percebermos, somos invadidos por um verdadeiro “Tsunami” de notícias. E mesmo aqueles que são mais desligados ou não que demonstram interesse algum em se aprofundarem sobre qualquer tema ou notícia da atualidade, ainda assim, a gama de informações que lhes chegam  todos os dias não lhes dá o direito de ficarem alheios. Mesmo que eles queiram centralizar as suas atenções unicamente na novela de sua preferência, pode ser que no intervalo entre no ar a equipe de jornalismo da TV anunciando algum furo de reportagem.

Nunca tive a intenção de escrever qualquer coisa, menos ainda, encarar o compromisso de fazê-lo semanalmente através de um jornal, que procura com dignidade ocupar o seu espaço. Entrei meio por acaso, quando um dos articulistas do espaço reservado parou de escrever. Mas aqui estou há mais de dez anos, procurando dentro da minha modesta visão, opinar ou levar alguma informação de alguma fonte fidedigna que possa ser útil ao leitor.

Mas, voltado à “vaca fria”, como dizia um antigo professor, me lembro que num passado não muito distante, morando ainda na minha cidade natal, a vizinha São Francisco do Glória, o único meio de comunicação com outras cidades que existia era um telefone público instalado na padaria de um tradicional comerciante da cidade. Quando alguém era chamado ao telefone, que só poderia ser um interurbano, tinha que se enviar primeiro um mensageiro para fazer a comunicação da chamada ao destinatário, que ao chegar ao local, tinha que esperar a funcionária rodar uma manivela preta para retornar a ligação. Assim era a comunicação feita por telefone naquela época.

A primeira televisão lá, só chegou em 1969. Colocada na janela de uma loja, a população se aglomerava para ver as novelas e o noticiário, através do “Repórter Esso”, ancorado por Gontijo Teodoro, da extinta TV Tupi. Era assim.

Hoje, quando vejo crianças de seis a dez anos de idade manuseando um tablet  ou um iPhone com a mesma habilidade com que eu manuseava um carrinho de madeira, me assusto com a vertiginosa evolução tecnológica da atualidade. E é em função dessa evolução tecnológica que chegam as notícias em tempo real pelas redes sociais, internet, mensagens via celular, rádio ou televisão. Hoje é assim que funciona. Só fica para traz aquele que se acomoda.  Quem quiser manter-se ativo, tem que acompanhar a evolução tecnológica para continuar bem informado, e assim, ter a possibilidade de discutir as notícias com outras pessoas na mesma velocidade com que elas se desenvolvem. Acomodar-se hoje, “dormir no ponto”, vale tanto quanto deixar de viver a vida.

É como escreveu a excelente Míriam Leitão, mineirinha de Caratinga, numa crônica sua que li há tempos: “O privilégio do tempo atual é a mudança vertiginosa pela qual passou e continuará passando o ofício de entregar notícia. Quem vive no vértice de uma revolução pode fazer tudo, exceto se acomodar. Precisa mudar para permanecer; perguntar-se a cada dia se o que está feito é bom. Inquietar-se”.

Estas são sábias palavras de quem faz do sucesso o estímulo para evoluir sempre, porque o tempo não para.

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