O livro “O Cônsul do Rei”, uma inspiradora história real construída entre o rigor da cátedra acadêmica e o vigor da admiração humana, escrito pela historiadora Rosana Areal de Carvalho, teve seu lançamento no dia 7 de abril, na Câmara Municipal de Miradouro e no dia 8, na Escola São Paulo. Ele conta a trajetória do diplomata José Alcino Bicalho, que foi amigo pessoal e homem de confiança do presidente Juscelino Kubistchek e do rei de Marrocos, que lhe outorgou o título de Cônsul Honorário daquele país.

O lançamento do livro nas duas cidades aconteceu porque José Alcino era um miradourense consagrado e um aluno exemplar da Escola São Saulo, onde foi posteriormente presidente de sua mantenedora, a Instituição Raphael Barreto.

No sábado (8), a cerimônia contou com a presença de familiares e amigos de José Alcino, além de vários membros da Academia Muriaeense de Letras (AMLE), da qual o homenageado também fez parte e chegou a ocupar a cadeira de nº 30, que tem como patrono Machado de Assis.

Nascido em Miradouro, no dia 9 de junho de 1920, José Alcino Bicalho se destacou na vida política e diplomática. Foi amigo pessoal do presidente JK, cônsul do rei do Marrocos a convite do próprio monarca (o nome do livro é uma referência ao período em que atuou no cargo), o primeiro prefeito de Miradouro e também deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a segunda Legislatura (1951 – 1955). Além disso, foi diretor de grandes empresas, como a estatal Usiminas e do  Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).

José Alcino, que também era escritor e amante da literatura e das artes, ajudou na liberação, junto à Usiminas, da estrutura metálica que hoje sustenta o Grande Hotel Muriahe.

O diplomata, que estava residindo em Muriaé, era esposo de dona Maria José Barreto Bicalho e pai de Ana Lúcia, Silvia Helena, Márcia e Isabela. Faleceu no dia 26 de julho de 2016, aos 96 anos.

A obra é assinada por Rosana Areal de Carvalho, que é licenciada em História pela Universidade Federal do Mato Grosso e doutora em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professora de História da Educação na Universidade Federal de Ouro Preto.

O diretor do Centro Cultural Del’Rey e da Escola São Paulo, José Nicodemos Couto, afirma que foi “uma honra” o espaço receber o lançamento do livro, pois o homenageado foi aluno da escola (quando ainda era chamada de Atheneu São Paulo) e por ele ter sido o presidente do Instituto Raphael Barreto, instituição mantenedora da ESP. “Esse foi um momento literoemocional. Além do espaço ter sido um local para o lançamento de uma obra literária que faz o recorte da vida do tio José Alcino, também foi um espaço onde as emoções afloraram”, diz José Nicodemos, que é sobrinho do homenageado.

CENTRO CULTURAL DEL’REY – O CCD’R tem o objetivo de difundir as artes dos alunos da escola e enriquecer a cidade com conhecimento e cultura. É um espaço de promoção, valorização e formação em arte e educação, encontrando e despertando os talentos que se encontram nas salas de aula, proporcionando aos alunos a oportunidade de desenvolverem suas potencialidades.

Grupos artísticos de Muriaé também encontram apoio do CCD’R, através de ações em produções culturais pelos mecanismos das legislações de apoio e fomento à cultura.

“Outros eventos culturais de Muriaé que não encontrarem acolhida no órgão público por algum motivo, podem procurar a Escola São Paulo e o Centro Cultural Del’Rey, que estarão de portas abertas para receber esses eventos, sem bandeira política, apenas para ser um espaço onde as pessoas possam se expressar artisticamente e manifestar seu talento”, completa.

O livro pode ser adquirido pelo site da editora www.biografa.com.br e na Escola São Paulo.

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