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Dupla é condenada por assassinato no Santa Terezinha

Jovem, de 27 anos, acusado de ter levado as armas para o crime, foi condenado a 16 anos de prisão
Jovem, de 27 anos, acusado de ter levado as armas para o crime, foi condenado a 16 anos de prisão

Dois jovens, de 27 e 21 anos, foram condenados, respectivamente, a 16 anos e 13 anos de prisão, pela participação no assassinato de Renato de Assis Silva, de 32 anos, na quadra poliesportiva do Centro Social Urbano (CSU), no bairro Santa Terezinha, em julho de 2014. Renato foi morto com vários tiros, incluindo disparos na cabeça, enquanto jogava futebol. A vítima chegou a ser socorrida com vida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital São Paulo, mas não resistiu e morreu.

Segundo apontou o inquérito feito pela Polícia Civil e remetido ao Ministério Público, a vítima seria conhecida por sua atuação no tráfico de drogas no bairro, e que sua execução teria ocorrido, entre outros fatores, por causa da disputa pelo domínio do comércio de entorpecentes no Santa Terezinha, por Renato ter repreendido o suposto mandante de sua morte devido a delitos que ele e seus comparsas estariam praticando na comunidade, atraindo a presença da polícia de forma frequente e, consequentemente, prejudicando o movimento do tráfico.

A dupla foi a júri popular na terça-feira (25), o qual aconteceu Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros. Após ouvir argumentos da defesa e acusações do Ministério Público, o Corpo de Sentença, formado por quatro homens e três mulheres, entendeu a culpabilidade dos jovens. J. H. F., de 27 anos, apontado como uma das pessoas que teria levado as armas usadas no crime até a quadra, foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão pelos crimes de homicídio e corrupção de menores, a serem cumpridos em regime fechado. Já T. O. L., de 21 anos, que não compareceu ao Fórum e é um dos acusados de atirar na vítima, foi condenado a 13 anos de reclusão pelos mesmos crimes, cuja pena também deverá ser cumprida em regime fechado.

“As variações nas penas se devem às condições pessoais, como reincidência, por exemplo. O fato é o mesmo, mas as condições pessoais interferem no quantum da pena”, explica a promotora Jackeliny Rangel, representando a acusação. O Ministério Público foi representado também, nesse julgamento, pelo promotor Fábio Laureano.

O réu de 27 anos teve como defensor o advogado Karlo Hernandez. Já o outro acusado, de 21 anos, foi representado pela Defensoria Pública.

O julgamento começou por volta das 10h e terminou aproximadamente às 18h30min, quando o juiz que presidiu a sessão, Adriano de Pádua Nakashima, leu a sentença.

Outros dois adultos denunciados, incluindo o suposto mandante, serão julgados em outras oportunidades.

O criminalista Ércio Quaresma, que ganhou notoriedade por sua atuação como defensor do goleiro Bruno no caso Eliza Samúdio, faria a defesa do suposto mandante do homicídio. Inicialmente, o jovem de 23 anos também deveria ser julgado na terça-feira, porém, Quaresma não pôde comparecer e seu cliente irá a julgamento posteriormente.

MUTIRÃO DE JÚRIS – Este foi o último júri popular do Mutirão que acontece há três meses na Comarca de Muriaé. A promotora Jackeliny Rangel fez um balanço positivo dos julgamentos. “Muriaé tem respondido bem. Temos que intensificar os trabalhos no Tribunal do Júri, pois este ano já somam-se dez homicídios e precisamos combater isso com muita galhardia”, diz a promotora.

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