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Ser presidente da República. Sorte ou destino?

Há um ditado popular que diz: “Sem sorte um homem não atravessa nem uma rua.” Não posso assegurar se essa assertiva está escrita em algum livro, portanto, prefiro creditá-la à riquíssima sabedoria popular. Há também outra frase, essa atribuída a Tancredo Neves, que segundo a história teria dito: “Ser presidente da República é destino”.

Tais afirmações se encaixam perfeitamente tanto em Dilma como ao Temer. Vamos aos fatos. Todos sabem que a Dilma foi uma invenção do Lula. Sua primeira opção era José Dirceu, na época ministro da Casa Civil. Acusado de ser o mentor do mensalão e julgado pelo STF, José Dirceu foi obrigado a se recolher por uns tempos no Presídio da Papuda e hoje está preso e condenado a mais de 23 anos, por crimes descobertos posteriormente. A outra opção de Lula passou a ser Antônio Palocci, então ministro da Fazenda, o que acabou não ocorrendo, devido às acusações de crimes de improbidade administrativa, quando foi prefeito de Ribeirão Preto. Posteriormente condenado, ele perdeu os seus direitos políticos por três anos. Aí, o Lula inventou a sua “Dilminha”, que é como ele a chamava, porém, considerada pela mídia um “poste”, devido à sua falta de jeito com a política. Com a popularidade em alta, Lula conseguiu elegê-la. Portanto, estão patentes nestes fatos os fatores sorte e destino da presidenta.

Agora, com a possibilidade do impeachment definitivo de Dilma, surge novamente a figura do vice-presidente, já que a História recente nos remete à ascensão ao cargo maior do país de dois outros vice-presidentes, José Sarney e Itamar Franco, devido a  fatos imponderáveis, na época, como a morte de Tancredo Neves e o impeachment de Fernando Collor, respectivamente. No momento, mesmo que seja interinamente, é o vice Temer que está no poder.  Por enquanto não se sabe se ele será contemplado pelo destino de continuar presidente da República, tampouco se terá sorte na sua empreitada.

Como a sabedoria popular é pródiga em revelar conceitos, ela também diz: “Uma pessoa sem crédito não coloca nem a cara na janela”. O governo de Dilma Roussef, ao abraçar, seja por gratidão ou por obediência uma herança eivada de deformidades como a corrupção, a improbidade e a falta de compromisso com a honestidade de propósitos na gestão do país, caiu no descrédito perante a opinião pública. E um governo sem crédito com a população, trocadilhos à parte, não merece melhor sorte nem outro destino. Hoje, o impeachment da presidenta é um imperativo para que haja um fio de esperança na reconstrução de um novo Brasil. Portanto, a administração do país está caindo, não se sabe se por sorte ou por destino, bem no colo de Michel Temer.

O fato incontestável é que Temer terá um tempo muito curto para mudar os rumos da herança maldita deixada pelo lulopetismo. Não será fácil desmontar o aparelhamento do Estado, construído criminosamente durante 13 anos de governo. Se confirmada a sua permanência na presidência da República, ele não terá direito a erros. Terá que mostrar competência para mudar o jogo político. Além da necessária competência, esperamos que Temer seja um predestinado e que tenha também muita sorte na condução do país.

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