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A “chapa” ainda vai esquentar

Há algum tempo, li uma crônica na qual o autor do artigo afirmava que os políticos, nos dias atuais, não têm medo do futuro. Hoje, na verdade, os políticos têm medo é do passado. Infelizmente não me lembro mais quem foi o autor da crônica para que eu possa passar com precisão a fonte. Mas, certamente, ele está coberto de razão.

Com todas essas operações deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, que vêm revolvendo a lama do fundo do poço, já está faltando oxigênio para muito “peixe grande”, e brevemente, eles poderão ser fisgados com extrema facilidade. Há uma plêiade de figurões da política nacional na lista da Lava-Jato, que, com o seu poder de fogo, vem incinerando o lixo político do país. O incêndio começou com a prisão de alguns deles e também de empresários, donos das maiores empreiteiras de construção de obras do governo. As delações premiadas dos presos formaram os rastilhos de pólvora que começaram a chegar aos estopins das bombas. Portanto, a “chapa” ainda vai esquentar muito, uma vez que a Lava-Jato ainda tem muita munição para queimar. Aliás, a ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, que vem estruturando o seu partido e correndo por fora, por enquanto, tem dito: “Quando você acha que o país está no fundo do poço, descobre-se que o poço não tem fundo”.

Escrevi numa crônica anterior que o Temer não podia errar. E ele errou ao nomear para o seu Ministério políticos investigados nas operações da Polícia Federal. Agora, vai pagar o preço, embora ele tenha declarado que se errar, não hesitará em consertar o erro. “Se cometer um erro, consertá-lo-ei”, disse ele, utilizando-se ironicamente de uma mesóclise e reafirmando, na oportunidade, que não impedirá as apurações de quaisquer denúncias que tenham como origem as investigações levadas a efeito pela Lava-Jato.

Essa história de barrar as ações da Polícia Federal e do Ministério Público vem de longe. Já passou por Lula, Dilma, Delcídio e agora pelo senador Jucá e seu comparsa Sérgio Machado. Todos os envolvidos em trapaças e maracutaias idealizadas nos subterrâneos do poder já estão acostumados com os conchavos que sempre resultaram nas blindagens positivas, as quais os colocavam fora do alcance da lei. Esqueceram-se de que, felizmente, os tempos estão mudando e que a sociedade não aceita mais este tipo de atentado contra o país. Se precisar, certamente, o povo voltará às ruas a qualquer momento para exigir a limpeza de todo o lixo fétido que nos últimos anos infestou o Brasil.

Portanto, repito: a chapa ainda tem muito que esquentar. E aí, meu amigo, no meio desse imbróglio tem muita gente boa apavorada e com medo da fritura. Quem viver verá.

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