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Pernilongo: um problema histórico

Os mosquitos têm sido um flagelo para a nossa cidade, desde os tempos da sua fundação. Os cronistas que registraram os primórdios da nossa história ressaltavam sempre o ambiente hostil onde surgia a cidade, em função dos pântanos e dos mosquitos. O próprio nome da cidade, segundo especialistas, significaria algo próximo a “mosquito mau”, “mosquito que morde”, etc., sempre em referência aos mosquitos que, à época, infestavam a região e transmitiam a febre amarela.

O tempo passou, a nossa Muriaé se transformou em um importante polo na região e no Estado, mas os mosquitos continuam afligindo a nossa população. Agora transmitem outros males. Sob o pomposo nome latino de “Aedes Aegypti”, esse mosquito de pernas longas e listradas, é o transmissor da dengue, da chikungunya, do “zica” e sabe-se lá de que outros males que podem aparecer.

Proliferam-se com uma velocidade incrível e as fêmeas, que colocam em média cerca de cem ovos por vez, usam qualquer depósito de água limpa, por menor que seja, para desovarem. Seja uma minúscula tampinha de refrigerante ou caixas de água e piscinas abandonadas. Qualquer recipiente lhes serve.

O mosquito macho, que não se alimenta de sangue, só tem a função de fecundar. A fêmea é que é hematófaga e transmite, com suas picadas, os incômodos males.

Enquanto a ciência não descobrir uma vacina eficaz que possa interromper a transmissão das doenças, temos que formar uma verdadeira cruzada para combater a proliferação do mosquito. É uma luta de todos e de cada um de nós. O poder público sozinho será impotente para vencer essa batalha. As famílias, as escolas, os clubes de serviço, os órgãos de segurança pública, as igrejas e quaisquer outras entidades têm que formar uma só “força-tarefa” e abraçar essa causa.

Os pesquisadores, em seus laboratórios, queimam neurônios e trocam experiências com entidades científicas para descobrirem a vacina, um trabalho árduo que ainda vai demandar tempo e testes para atingir o objetivo.

O Departamento de Pesquisas da Universidade de Pernambuco já está usando um sistema de bombardear com irradiação de Cobalto 60, as pupas criadas em cativeiro, com o objetivo de esterilizar os espermatozóides dos mosquitos, e esses mosquitos estéreis soltos no ambiente, cruzando com as fêmeas, interromperiam o processo de procriação.

A experiência, segundo os especialistas da Universidade de Pernambuco, deverá ocorrer na ilha de Fernando de Noronha, por ser um local isolado e ideal para esse tipo de experiência científica.

Assim, vamos acalentando a esperança do surgimento de uma vacina, mas enquanto ela não chega, é dever de cada a um de nós combater o aedes aegypti como o grande inimigo da nossa comunidade. Um mutirão da solidariedade, em que cada um de nós fará a sua parte. Examine todos os dias os vasos de plantas da sua casa, seu jardim… qualquer recipiente que possa servir de criadouro do mosquito. Não podemos perder essa batalha.

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