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OS PRETENDENTES AO PALÁCIO DO PLANALTO

Adellunar Marge

Já estamos às vésperas de mais um período de eleições em nosso país. Talvez o mais importante da nossa história. Será a primeira eleição para a renovação de quadros nos poderes  Legislativo e Executivo após os efeitos moralizantes da “Operação Lava-Jato”.  Se a Operação Lava-Jato ainda não condenou e colocou na prisão todos os envolvidos em corrupção, pelo menos já operacionalizou a condenação e prisão de grandes líderes da política e do empresariado em nosso país, atendendo aos anseios da maioria da população.

Pelo menos parece que ficou claro que um dos quesitos principais a ser exigido dos candidatos este ano, pelo eleitorado, deverá ser o compromisso com a moralidade no exercício da administração pública. O povo brasileiro estava cansado de ver e ouvir pela mídia notícias de corrupção  cujas investigações acabavam sempre em pizza, como sempre foi o costume por aqui.

Este ano temos mais uma oportunidade de colocar o nosso país nos trilhos e buscar a construção de uma sociedade mais justa e mais humana. Não será fácil para o próximo Presidente da República resolver os graves problemas da Educação, da Economia e tantos outros que afligem a nossa sociedade e cuja solução depende mais do compromisso de cada um de nós em assumir uma nova postura do que na esperança falida de um “Salvador da Pátria”, capaz de fazer por nós o que a nós caberia fazer. Os modelos paternalistas e assistencialistas que nos últimos anos marcaram o nosso país já demonstraram a sua ineficiência e têm que ceder lugar a um país novo, consciente do relevante papel que pode e deve desempenhar no mundo.

Há duas semanas tivemos um debate entre os cinco principais candidatos à Presidência da República, promovido pela Rede Globo, através da Globo-News.  Comandados pela jornalista Mírian Leitão, os jornalistas Roberto D’Ávila, Merval Pereira, Gerson Camarotti, Fernando Gabeira e outros, entrevistaram, em dias diferentes, os candidatos: Álvaro Dias, do PODEMOS; Ciro Gomes, do PDT; Geraldo Alkimin, do PSDB; Marina Silva, do REDE e Jair Bolsonaro, do PSL.

Álvaro Dias tem como vice o Paulo Rabelo (PSC) e coliga-se com o PRP e PTC; Ciro Gomes tem como vice Kátia Abreu (PDT) e não apresentou coligação; Geraldo Alkimin tem como vice a Sen. Maria Amélia e coliga-se com PP, DEM, PR, SOLIDARIEDADE, PRB, PSD, PTB, e PPS; Marina Silva tem como vice Eduardo Jorge (PV) e não apresentou coligação; Jair Bolsonaro tem como vice o Gen. Hamilton Mourão (PRTB) e também não apresentou coligação.

A grande decepção do programa ficou por conta dos entrevistadores e da tônica da entrevista. Deixou-se de lado a oportunidade de indagar sobre os planos de cada um para retirar o país da crise e focou-se a entrevista em um estilo “pegadinha”, em que a mediadora apresentava a cada momento uma gravaçãozinha, geralmente de anos atrás, com uma impropriedade proferida por esse ou aquele candidato e os comentaristas debruçavam-se sobre aquilo como se fosse: “agora te peguei…”. Não foi, absolutamente, uma entrevista esclarecedora para os telespectadores.

Nos debates que virão, entre Álvaro Dias, Ciro Gomes, Alkimin, Marina e Bolsonaro,  (os principais candidatos), teremos uma oportunidade melhor para estabelecermos comparações e orientarmos a nossa escolha. Com essa safra de políticos que temos atualmente em nosso país (construídos por nós mesmos em anos de más escolhas), talvez a única saída seja mesmo a opção pelo “menos ruim”, contanto que não tenha processos por corrupção. Pelo menos isso.

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