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O MITO DA DITADURA BRASILEIRA

Adellunar Marge

O mundo já experimentou diversos tipos de regimes ditatoriais, em várias épocas e países. Ditaduras como a da Coreia do Norte, de Josef Stalin na extinta URSS, de Cuba, com Fulgêncio Batista, Fidel Castro e Raul Castro, que já dura mais de 80 anos, sucedidos agora por Miguel Diaz-Canel que, com 57 anos de idade, talvez fique mais uns trinta anos dirigindo a ilha, sempre tiveram como características essenciais a ausência de eleições livres, atos violentos contra a população e execuções sumárias, como os famosos “Paredons” de Cuba.

No Brasil, tivemos um regime militar, que surgiu a partir da Revolução de 31 de março de 1964. Autoritário sim, mas que nem de longe poderia ser comparado às Ditaduras acima citadas, pois naquele período sempre tivemos eleições para Vereadores, Prefeitos, deputados, Senadores,Governadores e de Presidentes com eleição indireta pelo Congresso Nacional ou Colégio Eleitoral.

A revolução de 1964 surgiu em meio a uma baderna generalizada no governo de João Goulart. Eleito como Vice-Presidente no Governo de Jânio Quadros, Jango assumiu a Presidência do país quando Jânio renunciou no sétimo mês do seu mandato, mergulhando o Brasil na mais profunda crise institucional, social e econômica da sua história.

A insatisfação popular era imensa. As greves com motivações políticas se sucediam, para pressionar Jango a dar uma guinada definitiva para a esquerda. Foi quando militares, atendendo ao chamamento do General Olímpio Mourão Filho, de Minas Gerais e com apoio popular, derrubaram o instável governo de Jango (que cairia sozinho se derrubado não fosse) e instalaram momentaneamente um Governo Provisório, formado pelo Almirante Augusto Rademacker, o General Aurélio de Lyra Tavares e o Brigadeiro Márcio de Souza e Mello. Após o breve período dessa Junta, ocuparam a Presidência da República, respectivamente, os Generais Humberto de Alencar Castelo Branco, Artur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, com eleições indiretas pelo Congresso Nacional e posteriormente Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo, eleitos por um Colégio Eleitoral formado pelos Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Senadores e os Governadores. Para se ter uma ideia, o General Geisel, da ARENA, com o General da Reserva Adalberto Pereira dos Santos como Vice, disputou a eleição com Ulisses Guimarães do MDB que tinha como vice o Jurista Barbosa Lima Sobrinho. Votaram 66 Senadores, 310 Deputados Federais e 127 Deputados Estaduais, perfazendo o total de 503 votos. Geisel obteve 400 votos (84%) e Ulisses Guimarães 76 votos (16%). O General Figueiredo, com seu vice Aureliano Chaves, obteve 355 votos (61,1%) contra 226 votos(38,9%) do seu oponente General da Reserva Euler Bentes Monteiro cujo vice era o Jurista Paulo Brossad.

É de se registrar que logo após a revolução, imensas marchas populares em apoio à derrubada de João Goulart foram realizadas nas grandes capitais do país. A do Rio de Janeiro, por exemplo, que foi da Candelária à Cinelândia, reuniu mais de duzentas mil pessoas, tendo à frente Cardeais, Bispos, Padres e Lideranças populares, com faixas ostentando: “Marcha Com Deus e a Família Pela Liberdade: Abaixo o Comunismo”. A “Esquerda brasileira”, nas vertentes Leninista, Stalinista, Maoísta e Trotskista e integradas por elementos como Marighela, José Dirceu, Dilma (ou Vana Lúcia) Roussef, José Genoíno e outros, que assaltavam Bancos, Quarteis e residências ou, como Francisco Julião, que se encarregava de tentar a formação de grupos nas áreas rurais para promover a invasão e ocupação de terras , jamais lutou por Democracia. A esquerda desejava era implantar uma Ditadura Comunista nos molde de Cuba.

Tivemos um período de Regime Militar sim, mas comparar esse período com as violentas ditaduras que nomeamos acima é, sem dúvida, um devaneio mal intencionado da esquerda, que usou justamente desse artifício para chegar ao poder e fazer o que fez.

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