Search
Close this search box.

Lula fora… das eleições

Francisco Laviola – 05/09/2018

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral -TSE – que tornou Lula inelegível, enquadrando-o na Lei da Ficha Limpa tira legalmente o “Messias” petista do páreo eleitoral para a eleição de 2018, mas não tira da plataforma petista o culto à desordem e o desrespeito à Justiça. O Tribunal considerou a Lei inequívoca, impedindo que qualquer indivíduo que esteja condenado por decisão já transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em segunda instância, por crimes de corrupção, estará daqui para frente inelegível.

Ainda assim, o Partido dos Trabalhadores, em flagrante desrespeito à ordem e à Justiça, continuará, pelo que se sabe até o momento em que escrevo este texto, insistindo numa estratégia suicida de personalização e de vitimização do seu líder, tentando mostrar ao mundo que no Brasil existe tão somente um “preso político” e não um preso condenado por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Esta é a mentira contada várias vezes, repetindo-a exaustivamente na esperança de que, ao expor a figura do ex-presidente, aconteça um milagre.

Às favas a moralidade, a impessoalidade, a legalidade e a eficiência, princípios básicos  consagrados na Constituição brasileira e que norteiam a administração pública. Pouco importa à militância petista se o seu líder maior é hoje um condenado da Justiça, que se encontra preso. O que importa, principalmente a Lula, mais uma vez, e a seus fieis seguidores, é o seu projeto pessoal de poder, ainda que isso custe o sepultamento do seu partido.

Lula enfrenta mais seis processos, sendo dois na Vara Federal de Curitiba e outros quatro na Vara federal de Brasília e dificilmente escapará de novas condenações.  Nenhum outro ex-presidente, durante toda a História da República, enfrentou tantos processos judiciais sob a acusação de crime de corrupção.

Durante os seus dois mandatos, Lula surfou na onda de uma economia estabilizada. Queria para si um terceiro mandato, influenciado por projetos bolivarianos de seus parceiros Hugo Chávez e Evo Morales, presidentes da Venezuela e da Bolívia, respectivamente.  Não deu. Apesar do cacife político, se viu obrigado indicar Dilma Housseff, o chamado “poste” dissociado da energia do povo. Enfiando os pés pelas mãos, ela acabou defenestrada, embora o Senado, com as bênçãos do ministro Ricardo Lewandowisck, tenha lhe garantido os direitos políticos ao arrepio do que preceitua a Constituição. É com esse modus operandi, forma não republicana de peitar a Justiça que Lula esperava voltar ao poder. Não deu. Se não for condenado nos outros processos citados e, no caso da confirmação da sua condenação nas instâncias superiores e, ainda, levando-se em conta a legislação hoje em vigor, podem esperar a volta de Lula somente para 2038, quando o ex-presidente recuperará os seus direitos políticos.

Por ora, apesar das afrontas à Justiça, Lula está fora… das eleições. Se é assim que querem, que sigam o líder e enterrem de vez o partido.

Deixe um comentário

Outras Notícias