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A educação no trânsito

Francisco Laviola – 23/08/2018

O dia 25 de setembro, portanto já no próximo mês, é dedicado para se falar de trânsito. Fala-se, inclusive, em comemoração da “Semana  Nacional do Trânsito”.

Sinceramente, tenho as minhas dúvidas se a palavra comemorar seria a mais adequada para se lembrar, não do trânsito propriamente dito, mas de todos os problemas que o envolve, inclusive violência proporcionada por ele.

Podemos distinguir vários fatores que contribuem de forma definitiva para o agravamento dos problemas que hoje são considerados crônicos e que são gerados diuturnamente no trânsito de boa parte das cidades do país.

A maioria delas não tem espaço físico nem a infraestrutura necessária para receber o volume sempre crescente de veículos e pessoas em circulação. São motocicletas, ônibus, veículos de passeio, vans, caminhões de carga, ciclistas e pedestres, todos misturados e se engalfinhando ao mesmo tempo, praticamente dentro de um mesmo espaço.

Também o aumento populacional das cidades e as facilidades de créditos para a compra de veículos automotores, são outros fatores que contribuem para o recrudescimento dos problemas, gerando os chamados engarrafamentos e comprometendo de forma significativa a mobilidade urbana. O problema da mobilidade urbana já não é um “privilégio” das grandes metrópoles, uma vez que isso vem se interiorizando e por isso mesmo vem merecendo uma maior atenção das autoridades.

Se tudo isso não bastasse, somam-se os flagrantes desrespeitos à legislação, como a velocidade excessiva, as ultrapassagens indevidas, a desobediência à sinalização, além da existência de motoristas agressivos ou alcoolizados, fazendo com que ao final, o conjunto da obra seja sempre algum resultado trágico.

Nossa Muriaé não está fora desse contexto. O volume de veículos em circulação cresce assustadoramente. Já não há vagas nos estacionamentos. Há uma verdadeira invasão de motociclistas, especialmente os afoitos motoboys, que utilizam, às vezes, de forma agressiva os corredores deixados pelos carros. Há ciclistas trafegando na contramão de direção, além dos habituais maus motoristas, fazendo com que esse conjunto de fatores seja determinante para a incidência constante de acidentes. A instalação de alguns semáforos e a inversão da mão de direção de algumas das nossas ruas foram pontos positivos que melhoraram um pouco mais a mobilidade da cidade. Mas ainda está longe daquilo que se pode considerar ideal.

É necessário que as autoridades se unam, não só para aumentar a fiscalização, mas também no sentido de desenvolver programas e campanhas educacionais que visem uma maior conscientização da população sobre os deveres a serem seguidos no trânsito, o que poderá, a médio e longo prazos, reduzir os problemas gerados, não só no que se refere à mobilidade urbana, mas também na busca da redução de acidentes com vítimas.

Aí, sim, talvez possamos comemorar com gosto o dia nacional do trânsito no Brasil.

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