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Em greve, profissionais da rede estadual de ensino fazem protesto em Muriaé

Caravanas do Sindicato Único dos Trabalhadores (Sind-UTE/MG) das subsedes da Zona da Mata (Ouro Preto, Carangola, Juiz de Fora, Barbacena, São João Del Rei, Viçosa, Ponte Nova, Muriaé e cidades da região: Eugenópolis, Miraí, Miradouro, Mariana), membros da Secretaria Regional de Ensino de Muriaé, de Juiz de Fora, de Carangola e de demais cidades, concentraram-se na Praça Coronel Tibúrcio, na Barra, durante a de terça-feira (27) e percorreram as principais ruas e avenidas da cidade em ato contrário ao não cumprimento do acordo firmado entre a categoria e o Estado em 2015.

Durante o ato de repúdio a BR 116 foi fechada pelos manifestantes por alguns minutos. Vale ressaltar que a manifestação teve o apoio dos caminhoneiros, motociclistas e demais motoristas que passavam pelo local.

Em Muriaé e nos seus distritos, três escolas da rede estadual aderiram totalmente à greve, e outras três instituições, além da Secretaria Regional de Ensino da cidade, paralisaram parcialmente desde o dia 8 de março em ato que pede o cumprimento da Lei do Piso, contra a terceirização, contra a entrega das escolas às organizações sociais, contra o parcelamento de salários e contra a militarização das escolas públicas.

Durante o ato, Weslley de Souza Rodrigues, coordenador da subsede do Sind-UTE/MG Muriaé, disse que o governo estadual não está respeitando a dignidade dos profissionais da educação.

“O governo fez um acordo com o setor em 2015 e não está cumprindo-o. Na semana passada, foi feito uma proposta vinculando a obediência a Lei do Piso à Lei de Responsabilidade Fiscal, o que é um absurdo. Não se pode desobedecer a uma lei para obedecer outra. O governo estadual não está pagando aos profissionais da educação o piso que é previsto por uma lei nacional. Os profissionais começaram a fazer greve não só por isso, mas também por conta do atraso nos pagamentos; dos descontos relativos ao plano de saúde, que estão sendo feitos, apesar de não termos atendimento em hospitais e nem em laboratórios; pagamentos as financeiras, parcelamento do 13º salário. São muitas questões que o governo está deixando a desejar em relação à categoria, sem contar na falta da merenda, falta de material de trabalho e no atraso do início do ano letivo. A educação é a base da sociedade e não pode continuar nesta situação. Qual servidor que atende de 30 a 40 cidadãos de uma só vez, além do professor?”, questiona.

Israel Leocádio da Cunha, diretor estadual e representante da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), disse que a greve precisa ser aderida por todos os servidores que querem ter seus direitos atendidos.

“Todos os direitos que conquistamos até hoje, foi com muita luta, este é o lema do Sind-UTE/MG Muriaé: ‘Lutar e Vencer’. Queremos que o governo estadual cumpra aquilo que ele prometeu. Para se ter uma ideia, até o 13º dos auxiliares de serviços gerais, que ganham menos que R$1000, foi dividido em quatro vezes. Esperamos que até quarta-feira (4), o governo estadual melhore esta proposta para que possamos voltar para o nosso trabalho”, conta.

O técnico de educação na Secretaria Regional de Ensino, Ivan da Silva Lomeu, que trabalha na área há 22 anos, a manifestação proposta pelo Sind-UTE/MG também está ocorrendo nas demais regiões do Estado. “O motivo do qual estamos aqui se deve ao acordo histórico firmado pelo Sind-UTE/MG junto ao governador Pimentel logo no início de seu mandato, em 2015 e que não vem sendo cumprido desde o final de 2016. Aproveito este momento para convocar todos os profissionais para aderirem ao movimento para que este acordo seja cumprido o mais breve possível”, diz.

Luan Ariel dos Santos, diretor de formação do Sind-UTE/MG de São João Del Rey, disse que veio para Muriaé, pois a cidade foi escolhida para representar, regionalmente, o ato que está sendo realizado também em outras cidades de Minas Gerais. “Diversos servidores que atuam na Zona da Mata Mineira vieram fortalecer a manifestação que luta pelos direitos. Apesar dos avanços que conseguimos anteriormente, o acordo que fizemos há dois anos com o governo estadual não vem sendo cumprido. Entendemos que o Estado passa por um colapso financeiro, mas a educação não pode pagar essa conta”, diz.

 

 

 

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