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Editorial

Dizem que no Brasil o trabalho só começa depois de passado o carnaval. Há instituições que nem depois do carnaval. Passada a festa mais popular do mundo, a Quarta-feira de Cinzas é de ressaca. Não tanto da bebida, mas da preguiça de voltar ao trabalho. Tem instituição que emenda a semana e só volta na segunda-feira, para desespero dos trabalhadores.

Este ano, a volta ao trabalho depois do carnaval coincide com uma outra realidade: na Quarta-feira de Cinzas, dia 1º de março, começa a contar o prazo para o acerto de contas com o “Leão”. É a declaração do Imposto de Renda de 2017, ano-base 2016. Esse aí não tem como adiar, pois a “mordida” é certa. Quem perder o prazo e não fizer a declaração até 28 de abril, além do imposto a pagar, pagará multa, que varia de R$ 165,74 até 20% do imposto devido. Precisa apresentar a declaração quem obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

Mais uma vez, este ano, o governo não corrigiu a tabela do Imposto de Renda, e isto quer dizer que os brasileiros trabalhadores é que vão pagar o “pato”, pois as deduções serão menores, o que resulta em mais imposto a pagar. No Brasil, a carga tributária é altíssima e o Imposto de Renda contribui definitivamente para acelerar a arrecadação. Pena que, em que pese à arrecadação de trilhões de reais do Governo Federal, os trabalhadores brasileiros não recebam uma contrapartida dos serviços públicos de qualidade, o que faz com que a população sofra as consequências, pois a demanda em várias áreas é infinita.

Portanto, passado o carnaval, os brasileiros terão um choque de realidade, que pelo visto, não será nada animador. Agora, é mãos à obra, trabalho duro e salve-se quem puder.

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