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Editorial

Parece que a situação da presidente Dilma Rousseff se encaminha mesmo para um desfecho do qual ninguém neste país acreditava: o impeachment. Seria impossível imaginar, há seis meses, que isso fosse ocorrer. Para uns, o processo é meramente político; para outros, a presidente cometeu crimes de responsabilidade, e neste caso, deve ser afastada definitivamente, ficando inelegível por mais oito anos, além de responder, é claro, na Justiça.

O fato inequívoco é que, se a presidente tiver mesmo que mudar de endereço, termina aqui a era petista no governo, que só se manteve em função das alianças que fez para garantir a governabilidade do país. Infelizmente, em nome dessa governabilidade, meteram os pés pelas mãos e permitiram que o caos se instalasse no Brasil. Se, por ventura, a sustentação do tal golpe prosperar e o Senado entender que a presidente Dilma deva continuar o seu mandato, dificilmente ela terá como governar o país. Com Dilma no poder, será um caminho sem volta e o país seguirá afundando cada vez mais em função da falta de credibilidade para a formação de um outro governo. Não há mais confiança.

Quanto ao novo governo, espera-se que ele consiga ganhar a confiança do povo e de investidores, para que faça uma administração de salvação nacional, pois o desemprego continua batendo à porta dos trabalhadores que é, sem dúvida, a parte mais frágil de toda essa história. A essa altura dos acontecimentos, todos os protestos dos movimentos sociais e dos sindicatos soam como um revanchismo que em nada vai ajudar o Brasil. Os protestos contra o atual governo, mesmo sabendo que não é o governo ideal para o Brasil, além de temerários, só vão prestar um grande desserviço à nação.

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