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Editorial

Enquanto o país está voltado para os noticiários sobre os acontecimentos ocorridos nos subterrâneos da política brasileira, a questão das drogas, que nunca foi tratada como deveria ser, volta e meia ocupa as páginas dos jornais por causa da violência que ela proporciona.

É sabido que o uso de drogas, notadamente pela população juvenil, se espalha pelo país como uma verdadeira epidemia, levando a todos à certeza de que a repressão não é a única via capaz de impedir o seu alastramento.  No estágio de extrema vulnerabilidade em que se encontram os indivíduos vitimados pelo vício, a questão passa a ser não só de segurança, mas principalmente uma questão de saúde pública. E como tal deve ser tratada pelo poder público.

Na esteira do consumo cresce em todas as cidades o uso do crack, o mais destruidor dos derivados da cocaína. Com o seu efeito devastador ela não escolhe cor, gênero, religião ou classe social, e assim vai invadindo a sociedade e escravizando milhares de pessoas.

É de extrema importância a implementação de políticas públicas que visem mitigar o problema que não sejam apenas a utilização de meios repressivos. A repressão, por obvio, deve se concentrar contra as ações do narcotráfico, aumentando a vigilância de nossas fronteiras, que são as rotas por onde passam a maioria das drogas consumidas no país. Trata-se, portanto, de uma relação de causa e efeito. Há uma percepção que deve ser considerada de que, se não tem quem abastece, obviamente, a tendência poderá ser a redução do consumo.

No estágio em que se encontra o uso de drogas no país, é necessária uma busca incessante de parcerias entre os governos, e se possível, incentivar também a participação da iniciativa privada para a expansão e construção de centros de tratamento para usuários viciados, de maneira a possibilitar a internação e o tratamento da dependência.

Com a epidemia das drogas se alastrando por todo o país, é de extrema urgência uma tomada de posição, pois a situação requer medidas práticas imediatas, sem mais retóricas, sem as quais, nossos jovens estarão irremediavelmente perdidos.

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