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A usina de força dos maus espíritos

As nossas deformidades morais facultam “plugs” aos obsessores

“O orgulho, o descuido e a fraqueza do homem são o que empresta força aos maus Espíritos.” (O Livro dos Espíritos – questão 498)

Os processos obsessivos e de influenciações espirituais de modo geral, estão associados à  aquiescência  de quem lhes oferece sintonia, visto que todos  os  desvios  das  Leis  Divinas  e  as deformidades  morais  agem  no sentido  de  facultar  “plugs”  de induções   magnéticas,   facilitando  o  acoplamento   entre   os componentes do processo obsessivo.

Resulta daí  o raciocínio lógico  de  que  o sucesso  do  obsessor reside no fato de não encontrar  defesas  e resistências  em sua vítima, que, ao contrário, lhe oferece  toda reciprocidade   exigida  para  a  nefasta  e  perniciosa  obsessão.

Allan Kardec ilustra magistralmente os mecanismos dessas interações parapsíquicas deletérias em “O Livro dos Espíritos” a partir da questão de número 459 quando obtém dos  Maiores da  Espiritualidade  as  informações  acerca  da  realidade   das influências   dos   Invisíveis,  mostrando,  não   obstante,   na sequência,  que  às  criaturas está – através  da  consciência  – confiada a escolha do caminho que devem seguir e a liberdade  que têm  de  ceder  a  uma  ou outra  das  influências  a  que  estão submetidas.

A par dessa realidade, o Mestre Lionês pergunta aos Espíritos : “por que  permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?”

Resposta: “os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a colocar em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência  do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegardes ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no  bom  caminho. Desde  que  sobre  ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm  a  te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo.  Só quando  queiras o  mal,  podem eles ajudar-te para a prática do mal.  Por outro lado, outros   também  te  cercarão,  esforçando-se  por te influenciarem para o bem, o que restabelece  o  equilíbrio  da balança e te deixa senhor dos teus atos”.

Assim, para nos eximirmos da influência inconveniente dos Espíritos maus que procuram nos arrastar para o mal, basta contrapor ao orgulho, ao egoísmo e  às  fraquezas  a invencível   força  do  amor  e  de  todos  os  seus   corolários representados   pela abnegação, devotamento,  renúncia  ao personalismo soez e aviltante.

Combatendo as inclinações más e reformando-nos moralmente, num esforço constante de aprimoramento, podemos inutilizar a usina de força das Entidades perversas cuja base  de sustentação apoia-se nas imperfeições da Alma que eles muito  bem sabem identificar.

Fechando a questão os Benfeitores Espirituais respondem a Kardec : “sempre é  possível a quem  quer  que  seja, subtrair-se a um jugo que com vontade firme o queira.”

Queiramo-lo, lembrando-nos de que, segundo registro  do “Vidente de Patmos”, só receberá a coroa da  vida aquele que perseverar até o fim.

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