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A pior cegueira

“(…) Os cegos do espírito são piores que os cegos do corpo, pois preferem a urdidura da perversidade e da infâmia  nas quais se distraem e anestesiam a razão”. – Joanna de Ângelis

O episódio da cura do cego de nascença remete-nos a variadas e riquíssimas ilações de ordem superior. Nele, entre outras coisas, vemos um flagrante do eterno combate entre a luz e a sombra, entre a verdade e a mentira: de um lado o ex-cego com os olhos brilhando de alegria e, do outro, os fariseus com os olhos injetados, vermelhos de insopitável indignação e inveja, esforçando-se em vão para minimizar o mérito da questão…

Os fatos vivenciados por Jesus não se constituem em um amontoado de lendas inverossímeis. São reais, e este de que tratamos relaciona-se com a situação de todos nós que até há pouco estávamos cegos para as realidades espirituais que hoje, mercê da misericórdia divina, já estamos enxergando.

Portanto, torna-se necessário combater a pusilanimidade de quantos teimam em permanecer na cegueira espiritual e ainda se atrevem a ‘guiar’ outros tão cegos quanto eles.

O cego de nascença é a representação viva e palpável de todos nós.

Assim como O Mestre Maior devolveu a visão física para ele, Jesus e a Doutrina Espírita estão também curando a nossa ancestral cegueira espiritual levando-nos a descortinar os panoramas incomensuráveis do Infinito até então obnubilados pela cegueira de nossa ignorância.

Também nós não conhecíamos a luz, portanto, caminhávamos em trevas, tropeçando em toda sorte de escabrosos equívocos que oneraram (e muito) a nossa economia espiritual.

Jesus e o Espiritismo abriram-nos os olhos, concedendo-nos a luz da aurora dos tempos novos.

Agora, inundados pela Luz Divina, torna-se imprescindível endereçar ao Meigo Pegureiro a nossa gratidão, espalhando, intemeratos, em eloquente testemunho de júbilo, as sementes de vida que Ele esparziu pródiga e generosamente em nossa Alma. Não podemos nos deixar intimidar pelo cepticismo dos modernos fariseus que anatematizam e assacam vitupérios à Doutrina dos Espíritos.

Ante a dúvida dos cegos de Espírito que vacilam, devemos ter a mesma posição daquele que foi curado por Jesus, ao responder com toda a simplicidade de alma para os fariseus que o repreendiam:  “(…) havendo eu sido cego, agora vejo”.  (Jo., 9:25.)

À descrença dos modernos fariseus devemos antepor o facho de Luz Celeste com o qual o Espiritismo ilumina as nossas vidas com a sua contundente realidade dos fatos.

Joanna de Ângelis aconselha:

“(…) Cuida-te contra a cegueira imposta pelos preconceitos, pelo orgulho, pelos descalabros de todo porte.

Já fizeste o teu encontro com Jesus. Agora vês. Beneficia-te da claridade a fim de progredires. Não mais acondiciones trevas morais nas antigas sombras dominadoras das paisagens íntimas. Sai na direção do dia de Sol para servir. Caminha no rumo da luz e referta-te de claridades divinas, difundindo a esperança e a alegria…

Confessa o teu Amigo Sublime perante todos e segue, intimorato, ajudando em nome d`Ele os que anseiam, também, pela bênção da visão a fim de enxergar.                              ■

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