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A confiança na Justiça

Sempre defendi a tese de que escrever é uma arte que deveria ficar restrita apenas às pessoas que gostam de fazê-lo, principalmente para aqueles que têm o dom de levar o leitor a algum tipo de reflexão. Refletir sobre qualquer assunto, seja sobre fatos do dia a dia ou da história passada faz bem, mexe com os neurônios, exercita a memória e não deixa que a preguiça busque refúgio em algum canto vazio do cérebro para se alojar.

Também já aproveitei este espaço para transmitir aos estimados leitores que não tenho a pretensão de me tornar um formador de opinião. Ao escrever as crônicas que aqui são publicadas, procuramos passar aos leitores alguma informação que seja fidedigna. Com isso, além de cultivar a nossa teimosia de continuar escrevendo sobre política e outros temas da atualidade, vamos, automaticamente, contando a história deste país, cujos fatos descritos e publicados ficarão gravados nesta página do jornal, ainda que tenhamos que dar a “cara” para bater. Se assim não fosse, não estaríamos exercitando plenamente a liberdade de expressão, que é um dos pilares da democracia. E ao leitor, obviamente, se dá o direito de concordar ou discordar, até porque não temos a pretensão de sermos os donos da verdade. Quem escreve o que quer, pode ouvir o que quer e também o que não quer. Mas é sempre muito bom discutir e ouvir as críticas de pessoas inteligentes, pois são elas que nos fazem crescer na profissão e, principalmente, como ser humano.

Todos aqueles que têm o hábito, a coragem e a paciência de ler essa coluna semanalmente sabem que sou um ferrenho crítico do modelo político implantado pelo lulopetismo no Brasil, cujo objetivo único foi montar um esquema de perpetuação no poder. Para realizar o plano, usaram de todos os artifícios possíveis e até os inimagináveis. Roubaram e enganaram o povo. Para continuarem no poder, praticaram o famoso estelionato eleitoral, através de uma campanha eivada de mentiras e propagandas enganosas. Enfim, vilipendiaram a sociedade brasileira e, por extensão, atropelaram também as nossas instituições.

De outro lado, sempre fui um intransigente defensor do Poder Judiciário, das atuações da Polícia Federal e do Ministério Público nas investigações de todas as falcatruas que escancararam para o país e para o mundo, aquele que foi considerado o maior assalto aos cofres públicos de toda a história republicana.

Contudo, ainda que pareça ser incoerente, considerando tudo que já escrevi aqui neste espaço, entendo que para se investigar, julgar e prender os corruptos que invadiram este país, inclusive o ex-presidente Lula, a quem atribuo a articulação da maquiavélica trama de poder, é preciso que todos os órgãos auxiliares de investigação ou os que compõem o Poder Judiciário, ajam absolutamente dentro da lei, observando os ditames da Constituição, sem qualquer tipo de “espetacularização, para que a legitimidade das suas ações não sejam contestadas, e, também, para que não corram os riscos de serem desmoralizadas perante a opinião pública.

Há um dito popular que diz que “o segredo é a alma do negócio”. Se querem dar um “pulo” nos corruptos e corruptores deste país, que o façam baseados em provas robustas que não gerem polêmicas que possam colocar em dúvida a eficiência de Justiça. Afinal de contas, a confiança que o povo deposita no Judiciário não pode ser abalada.

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