A história tem sido, através dos tempos, a melhor e a mais implacável das mestras. Suas lições doem na própria carne e, quando nos apontam as consequências, essas já são, na maioria das vezes, irreversíveis.

O ser humano, até mesmo por sua própria índole, anseia por mudanças, e na busca incessante pelo novo abandona determinados valores, substituindo-os por novas convicções e novos critérios de valoração. E assim, tropeçando em seus próprios passos, vai traçando os rumos do seu destino, criando um panorama sempre inusitado na história que escreve. É justamente nesses momentos de tropeço histórico que costumam aparecer os oportunistas, com ideias pseudoinovadoras. Assim, tivemos nas artes plásticas as “instalações”, na literatura os “dadaísmos” e tantas outras “inovações” na música, na arquitetura e tantos outros campos da cultura humana.

É claro que inovar é próprio do homem e é justamente por isso que caminhamos da pedra lascada aos computadores de última geração. Mas é claro, também, que determinados valores devem ser preservados. Mudar, só por mudar, não tem sentido. Foi justamente nesse afã de mudança que levamos ao poder os responsáveis pela maior crise moral e administrativa da história do nosso país, com a instalação no poder de verdadeiras quadrilhas para sugar os recursos públicos até à exaustão. É por isso que, às vezes, o inovar se transforma em tropeço histórico. Desatentamos para valores que deveriam permanecer e os substituímos por valores efêmeros que não se sustentam por muito tempo.

Este ano, os brasileiros terão o importante compromisso de escolher os administradores das suas cidades, um compromisso sério e decisivo. Decisivo porque essa escolha vai decidir o destino de cada município nos próximos quatro anos.

O voto há de ser uma ação bem pensada. É importante que você conheça o candidato da sua escolha, o seu passado, as suas raízes familiares e o seu compromisso com a sua terra. Mas, principalmente, o seu compromisso com a honestidade e lisura em seus atos diários. Afinal, é no município que vivemos e construímos a nossa história. O voto é um gesto de consciência tão importante que não deve ser um passo no escuro. Você colocaria a sua vida nas mãos de um cirurgião do qual você não tenha informações seguras sobre a sua competência?

Nem sempre a busca pelo novo nos aponta o caminho certo. Historicamente, o Comunismo, o Marxismo, o Nazismo e o Fascismo já foram um dia novidades. Quem diria, hein…! Nesses momentos decisivos, a consciência livre é a nossa melhor guia…!