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Uma nova herança maldita

Quando a presidenta Dilma assumiu o governo em seu primeiro mandato, muito se falou da “herança maldita”, deixada pelo ex-presidente Lula. Todos tinham uma curiosidade para saber qual seria a conduta da primeira mulher a conduzir o país através do voto popular dos brasileiros.

Dilma, na verdade, foi uma invenção do ex-presidente Lula, cujas prioridades para serem os candidatos à sua sucessão seriam, em primeiro, o então chefe da Casa Civil, José Dirceu, e em segundo, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Após as enrascadas em que os dois se meteram e que desencadeou no rumoroso processo do mensalão, sobrou para Dilma Rousseff a tarefa de substituir o então presidente, na época, com a popularidade em alta, que embora ele desejasse um terceiro mandato, a Constituição não o permitia.

Ao constituir o seu primeiro ministério, vários de seus ministros foram conduzidos ou reconduzidos aos cargos por indicação, obra e graça do ex-presidente Lula. Começava ali o maior projeto de perpetuação de poder da História da jovem democracia brasileira. Com os escândalos pipocando em série dentro do seu ministério recém-nomeado, a presidenta foi obrigada a demitir e substituir inúmeros deles, o que acabou rendendo a ela o apelido de “faxineira ética”.  As demissões dos ministros apanhados com a boca na “botija”, já no início do governo, conferia à presidenta a falsa impressão de que ela poderia conduzir o país com mão de ferro, repudiando e combatendo a corrupção que se instalara bem no “coração” do governo anterior.

Pois bem. O tempo passou e a presidenta não foi capaz de levar adiante a tal faxina ética. Pelo contrário, sucumbiu ao sistema montado pelo PT e aderiu de corpo e alma à fisiologia dos partidos políticos, criados para esta finalidade, instituindo na mesma linhagem o seu “balcão de negócios”, o chamado “toma lá, dá cá”, uma conduta espúria que os brasileiros não conseguiram perceber, quando a presidenta, a despeito da vontade de Lula de voltar ao poder, se candidatou novamente para tentar a sua reeleição. O medo de perder as chamadas conquistas sociais pregadas ardilosamente pelo PT e aliados fez com que o povo a reelegesse para cargo de presidente da República, numa campanha de mentiras e de promessas enganosas, dizendo que a inflação estava sob controle, que as tarifas públicas não seriam majoradas, que os juros não subiriam e que os gastos do governo estavam também sob controle.

Hoje temos um país cuja economia encontra-se estagnada, os preços de combustíveis e energia elétrica explodido a cada mês, o desemprego já na casa dos 9% e a inflação chegando aos dois dígitos e corroendo o bolso dos mais pobres, como sempre aconteceu no passado. Culpa da crise mundial? Pode ser que isso tenha contribuído. Mas não dá para simplesmente absolver a presidenta só porque ela vem através das redes de comunicação fazer o seu “mea culpa”, dizendo que errou e que demorou perceber o erro.

Para piorar, as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público vêm, a cada dia, carreando provas incontestes de que a “petroroubalheira” serviu de trampolim para o projeto de perpetuação de poder engendrado dentro dos governos Lula/Dilma.
Se já havia no começo do governo Dilma uma herança maldita deixada pelo governo Lula, como diziam na época, qual será a herança a ser deixada pela atual presidenta para as futuras gerações? Será uma nova herança maldita? Com a palavra, o povo que a reelegeu.

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