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Semana de Luta Antimanicomial debate inclusão social de pacientes

Promover o debate sobre a importância da inclusão social de pessoas com transtornos mentais e usuários de álcool e outras drogas, apresentando a eles novas possibilidades de convívio social, foi o objetivo da Semana de Luta Antimanicomial de Muriaé.

A programação, que começou na última segunda e terminou na sexta-feira, entre os dias 14 e 18, incluiu roda de conversa no Coreto envolvendo pacientes, alunos de Medicina e Psicologia do Centro Universitário Unifaminas, além de enfermeiros da rede municipal de saúde; exposição de quadros dos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Álcool e Drogas e CAPS II), panfletagem, exposição de artesanato confeccionado pelos próprios pacientes, palestras e capacitação para os profissionais da rede socioassistencial e dos Núcleos de Apoio à Saúde Familiar. Os desfiles de pacientes do CAPS, exaltando o tema “Saúde mental no alvo da moda”, no Complexo Cristo Redentor, finalizaram as atividades da Semana.

A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Cinthia Muglia, considera a Semana da Luta Antimanicomial como “um marco” para a cidade. “Além de evidenciar o que já é oferecido e a reformulação dos outros serviços de saúde mental, colocamos nossos pacientes em evidência, mostrando para eles, familiares e sociedade o quanto nossa luta não é somente contra os manicômios, mas contra o preconceito e o julgamento. Conseguimos que eles se colocassem numa posição de integrantes da sociedade, como realmente o são, de dignidade, empoderamento e superação”, diz.

A Semana em Muriaé surgiu em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio). O movimento combate a ideia de que pessoas com transtornos mentais devem ser isoladas, buscando, ao contrário, a convivência próxima à família e à comunidade e, principalmente, o respeito aos direitos humanos.

Mãe de um paciente acompanhado pelo CAPS, Ivany Venâncio conta que o serviço possibilitou a melhoria do quadro de saúde do filho. “Ele foi muito bem acolhido. Não tem mais surto e já está fazendo o desmame dos remédios. Está progredindo muito bem. Hoje ele consegue ver um futuro para sua vida, e eu, enquanto mãe, fico muito feliz com esse resultado”, diz.

Créditos: ASCOM PMM

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