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Segurança da sociedade, uma questão honra

Um dos problemas mais crônicos que assolam a sociedade brasileira é a questão da segurança pública. Entra governo, sai governo e a incômoda situação persiste, como uma doença incurável enraizada bem no âmago da sociedade e que precisa entrar urgentemente na agenda de prioridades de medidas dos governos, numa ação conjunta entre os representantes da União, dos estados e também dos municípios, principalmente agora, que acabaram de dar posse aos seus novos prefeitos, os quais andaram prometendo ações nesse sentido nos palanques de campanha. A Constituição reza que a segurança do cidadão é um dever do estado e o direito do cidadão. Porém, o fato de se atribuir a responsabilidade da segurança aos estados, que dependem de verbas da União, não confere o direito aos administradores municipais de cruzarem os braços e nada fazerem pela população.

Enquanto os estados e a União discutem a questão da responsabilidade e da competência, ou seja, a quem cabe promover a segurança do cidadão, a violência vai imperando e tornando a sociedade refém de um sistema que esbarra nos erros, nas omissões, na falta de zelo e na falta de vontade política para que se possa extirpar de vez esse verdadeiro câncer do meio da sociedade.

Tudo o que vimos acontecer, nesta semana, no estado do Espírito Santo, a invasão das ruas por bandidos, as lojas sendo saqueadas em plena luz do dia, os assaltos e as depredações, motivados pelo movimento dos familiares dos policiais, é o resultado da péssima administração que vem ocorrendo na maioria dos estados da Federação. O que se viu nesta semana naquele estado foi um verdadeiro caos na segurança pública, resultado do desleixo da sua administração, onde a população, apavorada, já não sabia mais como reagir ou mesmo o que fazer para se proteger dos bandidos que tomaram de assalto as ruas das cidades totalmente desprotegidas.

A superpopulação nas áreas urbanas, especialmente nos morros, onde se aglomeram as pessoas de menor poder aquisitivo, com moradias, na sua maioria, irregulares, onde a educação é falha e o consumo de drogas impera, é um viés que contribui para o aumento do banditismo e da marginalidade.

É por isso que entendo que os municípios também têm um papel importante nessa luta, que não deve ser somente dos governos estaduais e da União. É preciso que essa “briga” seja comprada por todos os poderes constituídos, para que a população possa ter a contrapartida mínima de tranquilidade a que tem direito.

Um país melhor administrado, os estados cumprindo com o seu dever de proporcionar a maior segurança possível e os municípios participando ativamente dessa junção é tudo que a sociedade almeja. A segurança da população, a liberdade do cidadão e o sagrado direito de ir e vir devem ser questões de honra para todos aqueles que administram o país.

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