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Rayssa Leal, a fadinha do skate, faz história ao se tornar a mais jovem medalhista olímpica brasileira

A Fadinha do Skate já está de volta ao Brasil e foi recebida  em sua terra natal com abraço do irmãozinho mais novo
Foto: Site Fronteira da Paz

Em 1988, o então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, havia proibido completamente a prática do skate no Parque Ibirapuera durante os dias de semana, gerando uma manifestação de skatistas revoltados com essa decisão. A passeata (ou será ‘skateata’?), saiu do metrô paraíso, descendo as ruas do bairro Vila Mariana, até chegar ao Ibirapuera. Por causa da manifestação, Jânio Quadros proibiu a prática do skate na cidade inteira, e afirmava que: “garotos tomariam a lição que o pai não lhes deu”. Tudo mudou no ano seguinte, quando a nova prefeita, Luiza Erundina, revogou a proibição e liberou a prática que estreou, este ano, como modalidade olímpica.

Foto: Montagem rede social

Representando o Brasil, Rayssa Leal, a fadinha do skate, realizou a grande prova e entrou para o primeiro pódio olímpico do street feminino. Com sua medalha de prata, sua determinação e seu carisma, Rayssa encantou o mundo e bombou nas redes sociais. De volta ao Brasil, foi recebida com festa  em Imperatriz- MA e ganhou um abraço apertado do irmãozinho mais novo.  Consciente, a jovem pediu que a recepção que seria oferecida a ela na terra natal, fosse cancelada em função da pandemia de Coronavírus.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos havia divulgado, em setembro de 2020, uma proposta para incluir novas modalidades como o skate, o surf e a escala esportiva no programa das Olimpíadas de Tóquio, em 2021.  Segundo o Conselho, o skate foi escolhido para concorrer a uma vaga nas Olimpíadas por ser um esporte muito popular entre jovens de todo o mundo.

A decisão olímpica gerou uma polêmica entre os skatistas. Em uma entrevista para a Gazeta do Povo, o pai da megarrampa, também conhecido como Bob Burnquist, defendeu que o skate não depende das Olimpíadas para ter reconhecimento: “A gente já faz o skate sozinho. Campeonatos já acontecem e temos boa representatividade. Não dependemos da Olimpíada”.

Apesar do agrado de alguns e desagrado de outros, a estreia da nova modalidade nos jogos de Tóquio deu muito o que falar nas redes sociais. Segundo uma pesquisa realizada pela Decode, o volume de matérias publicadas, na última semana, sobre skate no geral totalizou 1.737. Além disso, as menções no Twitter sobre skate nas Olimpíadas, apenas nos dias 25 e 26 de Julho, totalizaram 440.920, levando em conta que as menções sobre o mesmo assunto desde de 01 de janeiro de 2021 totalizaram 462.570.

Segundo a Datafolha, já existem cerca de 8.5 milhões de skatistas espalhados pela imensidão do Brasil, inclusive, acredita-se que este número já ultrapassa a quantidade de skatistas dos Estados Unidos. Sem dúvidas, podemos dizer que cada um deles deve ter se sentido muito bem representado após assistir a primeira formação dos pódios olímpicos do street masculino e feminino, que contaram com o ilustre brilho brasileiro de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, respectivamente.

Pódio masculino do skate

Ouro – Yuto Horigomi – 22 anos – Japão

Prata – Kelvin Hoefler – 27 anos – Brasil

Bronze – Jagger Eaton – 20 anos – EUA

Pódio feminino do skate

Ouro – Momiji Nishiya – 13 anos – Japão

Prata – Rayssa Leal – 13 anos – Brasil

Bronze – Funa Nakayama – 16 anos – Japão

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