Artistas, agentes culturais, educadores, jovens e demais interessados nas áreas da arte e da cultura compareceram ao auditório da Associação Comercial e Industrial de Muriaé – ACIM, na noite de quinta-feira (17), para a abertura oficial do Projeto “Ciranda Cultural”.

O “Ciranda Cultural”, que tem como proponente Gilca Napier e equipe, aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura,  é um projeto de formação, fomento e promoção cultural que visa integrar artistas, artesãos, agentes culturais e jovens estudantes de 14 a 18 anos do Ensino Médio de Muriaé.

De acordo com a produtora cultural, Gilca Napier, o projeto tem como objetivo incentivar a produção de cultura na cidade através da descoberta de novos e talentosos artistas. “Trabalhamos com formação e renovação de trabalhos culturais existentes na cidade. O ‘Ciranda Cultural’ é um projeto muito bonito que conta com o patrocínio da Energisa e do governo de Minas Gerais, com o apoio de diversas empresas muriaeenses, elaborado por mim, Alessandra Sexto e Fernando Paixão, além da parceria com a Superintendência Regional de Ensino, através de três escolas: Escola Estadual Olavo Tostes, Escola Estadual Gonçalves Couto e Escola Estadual Orlando Flores, com a participação dos jovens em três categorias da arte: teatro, dança e música”.

Gilca conta ainda que dois artistas, de Belo Horizonte, participaram da abertura do projeto: Luíz Alberto de Felippo e Carlos Augusto Araújo, o Kalluh. “Eles são grandes artistas e produtores teatrais, que já estiveram na cidade, em 2016, com a peça ‘Samba, Amor e Malandragem’. Com a ajuda deles, faremos, no fim do ano, um grande musical com todos os participantes. Além disso, o edital do projeto prevê a premiação daqueles que mais se destacarem e desenvolverem suas ideias. Os interessados em participar do ‘Ciranda Cultural’ podem me procurar pelo telefone (32) 988000709, que nossa equipe agendará uma conversa. Aproveito a oportunidade para agradecer aos nossos patrocinadores, Energisa e governo de Minas Gerais, aos nosso parceiros Hotel Regina, CDL de Muriaé, Associação Comercial de Muriaé, Polo de Audiovisual da Zona da Mata, Posto Veredas, Arthur Marinho e Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho”.

A produtora cultural, Alessandra Sexto, disse que o “Ciranda Cultural” é a realização de um sonho pessoal e profissional. “Este é um projeto que amplia nosso poder de atuação, pois sai do âmbito municipal, onde trabalho no momento. Todo e qualquer produtor cultural, seja aquele que tem ou não um grupo formado, pode participar do projeto e, até mesmo aqueles que querem empreender na área da cultura popular dentro do município. A partir desta abertura, teremos encontros temáticos mensais, todos ligados à gestão de projetos culturais, mas também atenderemos produtores culturais de forma individual ou em grupo em encontros semanais, que funcionará como uma consultoria envolvendo manifestações que alcancem projetos desde a cultura popular até a mais erudita”, explica.

Fernando Paixão Duarte, que trabalha com arte e cultura, disse que a ideia do projeto surgiu a partir da necessidade ao incentivo à cultura em Muriaé, principalmente nas escolas. “O ambiente escolar é ideal para captar novos talentos e incentivar os adolescentes a participarem dos eventos culturais. Além disso, é uma forma de motivar os produtores culturais que já atuam em Muriaé, como as folias de reis, quadrilhas, danças de rua e outras manifestações. O ‘Ciranda Cultural’ vem para nortear os produtores através de consultorias gratuitas, para que possam captar recursos, se manterem e transformarem a cultura local. Será um grande aprendizado tanto para nós quanto para os interessados”.

Gustavo Baldez, assessor de comunicação do Pólo Audiovisual da Zona da Mata, disse que gostou muito da proposta do “Ciranda Cultural”. “É um projeto moderno, que percebe a demanda cultural de uma cidade localizada no interior do Estado, todo o seu potencial, empodera pessoas que trabalham com cultura de fato, capacitando novos empreendedores culturais e motivando aqueles que já atuam na sociedade. Aproveito a oportunidade para desejar sucesso para a equipe do “Ciranda Cultural” e que o Polo Audiovisual da Zona da Mata está a disposição para o que precisarem”..

Kalluh Araújo, diretor teatral, disse que o “Ciranda Cultural” é um grande suporte para os produtores e artistas do município. “O projeto também contempla uma aproximação dos participantes com os editais de leis, municipais e estaduais de incentivo à cultura. Ao final do ano, participaremos, junto com os produtores locais, do encerramento do projeto, que será o resultado das oficinas. Gostaria de agradecer a oportunidade de estar aqui e de conhecer tantas pessoas interessantes e interessadas em arte, através da Gilca. Aproveito para agradecer também à Alessandra, ao Fernando e aos monitores das escolas parceiras. Sem dúvida, Muriaé é uma cidade fértil em termos culturais”.

Luís Alberto de Felippo, produtor e diretor teatral, disse que espera ser útil ao projeto. “O que eu puder contribuir e que tiver de melhor, quero compartilhar. Fiquei impressionado com a capacidade que Muriaé tem para fomentar a área sociocultural. São manifestações muito importantes que ajudam a afastar os jovens das drogas através da oportunidade que a cultura oferece. Por isso, a importância de se investir em projetos como este, que assim, como na Semana de Arte Moderna de 1922, os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão, experimentando diferentes caminhos é o que os artistas muriaeenses buscarão”.