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PAULO PORTO

Nascido em 01 de setembro de 1917
Falecido em 03 de julho de 1999

 

 
Paulo PortoPaulo Epaminondas Ventania Porto nasceu em Muriaé em 01 de setembro de 1917. Era filho do Doutor Epaminondas Porto, advogado, e de Alda Ventania Porto.

Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal e, em 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro para continuar seus estudos e, logo, começou a trabalhar em rádio. Ele tinha voz grave, bonita, além de ser alto e moreno. Era uma bela figura. Ficou muitos anos na Rádio Nacional, que era a emissora mais importante do Brasil, com audiência no Brasil inteiro.

Pretendia se tornar advogado, porém, em 1940, venceu um concurso para interpretar Romeu na encenação da peça “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare. A vitória convenceu Porto a abandonar a advocacia e se dedicar integralmente aos palcos. Seu principal sucesso foi quando protagonizou “O Avarento”, de Moliére. Trabalhou para nomes de peso, como Procópio Ferreira. Mas, apesar de dizer amar o teatro, sua carreira encaminhou-se para o cinema e foi ali que ganhou fama nacional.

Em 1943, teve seu primeiro papel no cinema, em “Inconfidência Mineira”, mal sucedida superprodução histórica dirigida pela atriz portuguesa Carmen Santos.

Em 1947, atuou no filme “Asas do Brasil”, dirigido pelo também muriaeense Moacyr Fenelon, um dos criadores da Atlântida Cinematográfica e diretor de vários filmes. Atuou, ainda, como ator em “Dominó Negro” e “O Homem que Passa”, ambos de 1949, e “Milagre de Amor”, de 1951, todos dirigidos pelo conterrâneo Moacyr Fenelon.

A carreira de Paulo Porto não foi apenas cinematográfica. Era um dos principais galãs do rádio e da televisão dos primeiros tempos, no Rio de Janeiro. Estreou, em 1953, na telenovela “Coração Delator”, uma adaptação dos contos de Edgar Allan Poe para a telinha. Em 1956, atuou, ao lado de Yoná Magalhães, no teleteatro “A Moreninha”, e, em 1957, teve um programa com seu nome, “Teatro Paulo Porto”, na TV Tupi, e dirigiu e produziu a novela “A Canção de Bernadete”, em 1957. Ao longo de sua carreira, iria ainda atuar em novelas famosas, como “Vale Tudo”, “Brilhante”, “Trágica Mentira” (ator e diretor – 1959), “Primavera” (ator e diretor – 1958) e “As Professoras” (1955).

No cinema, atuou em todas as frentes: diretor, ator, produtor e roteirista de atividade intensa e constante. Em 1964, criou a Ventania Produções Cinematográficas. Além dos cinco filmes já mencionados, encontramos Paulo Porto em outros filmes também de destaque.

Foram vinte e sete, no total, entre os quais se distinguiram: “Toda Nudez Será Castigada” e “O Casamento”, ambos dirigidos por Arnaldo Jabor e baseados na obra de Nelson Rodrigues, filmes em que Paulo Porto teve atuações muito elogiadas tendo sido premiado com a Coruja de Ouro de Melhor ator em “Toda Nudez”. No festival de Brasília, recebeu o prêmio de Melhor Produtor pelo filme “Fome de Amor”. Fernanda Montenegro recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Moscou, por sua atuação no filme dirigido por Paulo Porto, “Em Família”.

Paulo Porto morreu de pneumonia, na cidade do Rio de Janeiro, em 03 de julho de 1999, aos oitenta e um anos.

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