Search
Close this search box.

Festa na Comunidade de Pedra Alta comemora o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural

DSCN8481O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural (25 de julho) foi comemorado com uma grande festa na Comunidade de Pedra Alta, em Belisário, entre os dias 22 e 24 deste mês. A programação da 8ª Festa do Trabalhador e Trabalhadora Rural incluiu Concurso Leiteiro, roda de viola, show sertanejo, missa, almoço e Torneio de Futebol.

A festa é uma realização da Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Comunidade de Pedra Alta, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Barão do Monte Alto e Rosário da Limeira, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro, Ceifar, CPT, Paróquia Santo Antônio (Belisário), Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Pedra Alta) e Paróquia Santa Rita de Cássia (Miradouro), com o apoio da Cresol, Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar (COOPAF), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG) e Núcleo de Estudos em Agroecologia.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Barão do Monte Alto e Rosário da Limeira, Dalberto Luiz Gomes, afirma que este evento é uma forma de parabenizar os produtores e produtoras rurais pelo seu dia. “Sabemos da importância que o trabalhador rural tem não só para eles e suas famílias, mas para o Brasil. Por isso, a data tem que ser festejada”, enfatiza, citando que a agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Os outros 30% vêm do agronegócio, que é mais significativo para a balança comercial e para a exportação. Além da alimentação, a agricultura familiar também é importante para manter o homem no campo e dar emprego e renda para as famílias rurais.

O frei Gilberto Teixeira, pároco da Paróquia Santo Antônio, de Belisário, que também é produtor rural e realiza projetos em prol de práticas agrícolas sustentáveis, diz que este momento é de agradecer pelo trabalho e pela força do trabalhador e da trabalhadora rural, além de refletir sobre a importância de se preservar a natureza. “Também é um momento de refletirmos sobre a nossa prática, que nem sempre é uma prática de cuidado com a natureza e da ‘mãe’ terra, que é tão fundamental. Percebemos que muitas práticas agrícolas, com o uso de venenos e agrotóxicos, estão, de fato, agredindo a natureza. Por isso é importante conscientizar sobre a necessidade de voltar às boas práticas ecológicas”, afirma.

A festa começou na sexta-feira, com o início do Concurso Leiteiro e roda de viola. No sábado aconteceram mais uma etapa do Concurso Leiteiro e o show de Marcos & Jobson. No domingo, a programação incluiu café da manhã na Igreja Nossa Senhora de Fátima, missa, almoço, premiação do Concurso Leiteiro e Torneio de Futebol.

TRINTA ANOS DE SINDICATO – Durante a festa também foram comemorados os 30 anos dos sindicatos de trabalhadores rurais de Muriaé, Rosário da Limeira e Barão do Monte Alto e o de Miradouro. Fundado em 1986, ambos os sindicatos, desde então, lutam pelas causas da classe.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro, Isaias Clóvis de Freitas, comemora os 30 anos de ambas as entidades e parabeniza os trabalhadores rurais pelo seu dia. “Para nós, celebramos estas duas datas, é motivo de grande orgulho. Estamos comemorando 30 anos de sindicato devido à luta e ao esforço de cada produtor rural. Foram 30 anos de muitas lutas e conquistas”, diz.

O diretor regional da FETAEMG, Wanderley Antônio Chilese, enaltece o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores rurais e a atuação dos sindicatos nessas três décadas. “Uma instituição manter, organizar e trabalhar durante todo esse tempo para uma categoria não é fácil. Fiz questão de estar presente neste evento para parabenizar os sindicatos. A FETAEMG também faz parte desta história. Sem trabalhador não há sindicato, sem sindicato não tem federação ou confederação. É o conjunto dessas entidades que proporcionam melhor qualidade de vida e luta em prol desta categoria”, afirma.

O presidente da COOPAF, Antônio Carlos Bagle (Carlinho do Sindicato), ressalta que a criação do sindicato proporcionou a organização da agricultura familiar e a união dos agricultores. “O sindicato, na época, foi fundado com dificuldades. Hoje, trabalha dando força para os trabalhadores rurais e também ajudou na criação de outras entidades que ajudam o produtor rural”, conta.

O presidente da Cresol, João Paulo Dias da Fonseca, também destaca a importância dos sindicatos para a categoria e, inclusive, para a criação da própria Cresol. “A Cresol é resultado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Há dez anos, o sindicato, vendo a necessidade dos agricultores em crédito, pensou na criação de uma instituição de crédito para esta classe. A Cresol é resultado de toda essa luta do movimento sindical”, frisa, parabenizando os sindicatos pelos seus 30 anos e também os trabalhadores rurais pelo seu dia. “Temos que comemorar e agradecer por todas as conquistas obtidas ao longo dessas três décadas, pensando em nos fortalecer cada vez mais, para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos, como os de previdência, por exemplo, e novos sejam alcançados”, completa.

Um dos fundadores do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Barão do Monte Alto e Rosário da Limeira, Alípio Teodoro, diz estar “muito satisfeito” em ver que o sindicato está, atualmente, fortalecido e trabalhando em prol do produtor rural. “Em 1986, eu, José Maria e demais representantes de comunidades rurais formamos um grupo e começamos a fazer reuniões. Decidimos, então, formar a nossa categoria, que é o sindicato”, lembra ele, que até hoje, embora aposentado, faz parte e acompanha os trabalhos da instituição. “Hoje, as demandas são diferentes, mas o sindicato continua avançando muito. Ele teve um crescimento muito grande. Temos a satisfação de ver a juventude participando. Naquela época tudo era muito mais difícil. Hoje as coisas ainda são difíceis, mas o trabalhador tem mais consciência”, avalia.

Deixe um comentário

Outras Notícias