Editorial
A bagunça generalizada que se instalou no país a partir das alianças entre o governo e partidos sem programas ou ideologias, vem elevando cada vez mais o grau de tensão dentro da política brasileira.
Na verdade, todos os poderosos que comandaram o país nos últimos anos, se julgavam acima da lei, através de um pacto pela impunidade.
Há muitos anos que o Tribunal de Contas da União (TCU) não cumpre o seu papel de julgar as contas presidenciais, ou, se julga, não vem cumprindo totalmente o seu dever e anda passando por cima de falcatruas diversas, aprovando contas que deveriam ser melhores explicadas.
E quando bomba estoura, todos procuram se proteger e passam uns a acusar os outros, resultando na crise política que hoje se instalou no país, um derivativo da crise moral plantada em todos os setores da administração pública.
Hoje, temos um presidente sem credibilidade para governar, temos um Parlamento que só funciona visando os próprios interesses e que muitos dos seus integrantes são acusados de receberem propinas; e, por fim, temos um Judiciário que não se entende, como é o notório caso dos integrantes do STF, a mais alta Corte de Justiça do país, que além de brigarem entre si, brigam também com as suas próprias jurisprudências. Este é o retrato do nosso país.