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Editorial

Enquanto a mídia de todo o país está com suas atenções voltadas para as questões políticas, econômicas e, principalmente, para os trabalhos de investigação que buscam desvendar quem são os “artistas” que assaltaram a Petrobras, há outras questões de grande interesse da sociedade que vão ficando pelo caminho, sem que as autoridades tomem as providências cabíveis para resolvê-las, ou, pelo menos, tentem mitigá-las, para dar um pouco mais de tranquilidade à população.

Uma delas é a questão das drogas, cujo enfrentamento deve ser feito sem nenhuma trégua, seja através de atividades repressoras, utilizando-se da legislação vigente, ou seja tratando-a, em alguns casos específicos, como uma questão de saúde pública.

Todos sabem que uma das causas da violência urbana nos dias atuais está intimamente ligada com as guerras promovidas por quadrilhas que operam no narcotráfico, e que o empenho no sentido de combater a violência nas cidades passa, necessariamente, pelo enfrentamento através da repressão a ser feito pelas autoridades ao tráfico de drogas.

Existe hoje no Brasil um movimento em ascensão a favor da descriminalização da maconha, liderado por alguns políticos, artistas e intelectuais. Ora, se até o uso do fumo e do álcool, que são consideradas drogas lícitas, têm sido alvo de pesadas campanhas contrárias devido ao mal que andam fazendo à saúde da população, a descriminalização da maconha seria um grande contrassenso, pois além de causar a reconhecida dependência, é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas e o caminho mais curto para desestruturação das famílias.

Na esteira do consumo de drogas, cresce em todas as cidades o uso do crack, o mais destruidor dos derivados da cocaína, uma droga que, quando utilizada, chega ao cérebro em segundos, vicia em poucos dias e vira pesadelo permanente, afetando em poucos meses vários órgãos, como o próprio cérebro, o coração e os intestinos. Com seu efeito devastador, não escolhe cor, gênero, religião ou classe social, invadindo a sociedade e escravizando milhares de pessoas.

Todos os estudos feitos até aqui apontam para a certeza de que o narcotráfico e o consumo de drogas são os maiores geradores da violência que impera nas cidades, não só nas grandes metrópoles, mas também as pequenas cidades, uma vez que tanto o uso como o tráfico estão se interiorizando.

Portanto, não se pode negar que há um vínculo muito grande entre o consumo e o tráfico de entorpecentes com toda essa violência, da qual a população é testemunha e também grande vítima.

A violência urbana e as drogas formam uma parceria de causa e efeito que vem provocando um verdadeiro extermínio de pessoas. Com a palavra, as autoridades.

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