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Editorial

O rompimento da barragem que aconteceu em Bento Rodrigues, distrito da cidade de Mariana, em Minas Gerais, é mais uma dessas tragédias anunciadas e fruto do descaso de empresas e dos governos.

Não é possível que esse tipo de acontecimento trágico seja apenas uma fatalidade, levando-se em conta as ocorrências sistêmicas de rompimento de barragens, principalmente dentro do estado de Minas Gerais.

Em 2007, o rompimento de uma barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases inundou as cidades de Miraí e Muriaé de rejeitos estimados em mais de 2 milhões de litros de lama de bauxita. Todos se lembram da quantidade de lama que tomou as margens do Rio Muriaé, um verdadeiro pântano avermelhado tornando-as imprestáveis para qualquer atividade por muito tempo, sem contar o leito do rio totalmente assoreado e com as suas águas barrentas, proporcionando uma grande mortandade de peixes e outros animais ribeirinhos. Felizmente, para a nossa cidade, não houve nenhuma vítima de morte.

A partir desse cenário, do qual os muriaeeses foram testemunhas, dá para dimensionar o desalento e a dor daquelas pessoas atingidas pelo rompimento da barragem no município de Mariana, que além de perderem bens materiais, perderam também entes de suas famílias, algumas sem ter o direito nem mesmo de sepultá-las dignamente, pois já se encontram sepultadas debaixo da lama.

Já passou da hora das autoridades tomarem providências no sentido de fiscalizar com eficiência esse tipo de atividade, pois desastres como esse têm consequências irreparáveis para a população.

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