Search
Close this search box.

Como a estratégia de Porter pode auxiliar o sucesso da sua indústria de confecção do vestuário

A princípio, o título pode causar estranheza, ou mesmo curiosidade. A ferramenta em questão é largamente utilizada na área de planejamento estratégico, pois propicia uma visão do todo, das forças as quais seu negócio está sujeito influenciar e sofrer influência. Para ficar mais palpável, escolhi o setor da indústria do vestuário, apenas para exemplo, pois, obviamente, se aplica a qualquer atividade. Leia e imagine as situações referentes ao seu negócio.

A metodologia de Porter se baseia em cinco forças que influenciam todos os tipos de negócios, o que altera é a energia ou potência de cada uma destas. Vamos às forças:

1 – AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES – Existem barreiras que atrapalham a entrada de novos concorrentes, sejam pelas de licenças, patentes ou mesmo comerciais e tecnológicas, tal como o valor de investimento para a instalação de nova indústria.

Quanto ao vestuário, o investimento necessário é muito baixo em comparação a outras indústrias. Tal como um laticínio ou beneficiamento de vidro, a tecnologia é de baixa complexidade e as máquinas são as mesmas em qualquer empresa. A legislação é mínima, pois é classificado como de baixo impacto ambiental e de saúde pública.

2 – RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES – Relativo a intensidade com que os concorrentes estão no mercado.

Quanto à rivalidade, considero que seja muito alta, principalmente para as empresas que não possuem canal de distribuição direto, tal como lojas próprias, pois assim devem concorrer na preferência de fornecimento para o lojista. Como a barreira de entrada é pequena e existem muitas empresas, tende a acirrar a concorrência, em especial quando um dos concorrentes precisa capitalizar, fazer dinheiro e queima estoque a preço mais baixo.

3 – PODER DOS CLIENTES – Quanto mais opções um comprador tiver, mais força de barganha ele terá.

De forma geral, podemos visualizar muita oferta e baixa demanda devido ao momento econômico, o que dá, então, um grande poder ao cliente para negociar preços, pois terá muitas opções à sua escolha. Porém, esta é uma visão míope, pois é necessário segmentar o mercado e analisar a situação do ponto de vista real de sua empresa. Às vezes existem, sim, inúmeras fornecedores concorrentes, mas nenhum é tão confiável em prazo e qualidade. Viu como a análise pode mudar?

4 – PODER DOS FORNCEDORES – Assim como o poder dos clientes, anteriormente analisado, quanto menos fornecedores existirem, mais poder de negociação eles terão. Relação de oferta e demanda.

Existem inúmeros fornecedores de malha e PV. Neste caso, a margem de negociação tende a ser menor devido à concorrência; os preços praticados tendem a ter menor margem. Enquanto outros insumos e matérias-primas mais nobres, tal como o tecido push, que existem menos fornecedores, assim, o mesmo tem mais poder para negociar.

5 – PRODUTOS SUBSTITUTOS – O produto é de fácil substituição. Quando os preços aumentam, as pessoas tendem a trocar nosso produto por outro similar mais barato?

Obviamente que em momentos de recessão econômica, as pessoas tendem a frear o consumo e até mesmo substituir produtos mais caros por outros mais baratos, porém as empresas que trabalham com valora agregado devem ter muito cuidado para não “queimarem” a marca. Na ânsia por recuperar mercado, caem a qualidade do produto. Assim, a melhor estratégia é a criação de outra marca, uma segunda linha de produto.

Espero que a nossa conversa de hoje tenha sido útil para ampliar sua visão sobre o seu negócio. Que este olhar estratégico proposto por Michael Porter, um dos pais da Administração moderna, possa lhe abrir caminhos que vislumbrem novas oportunidades.

Lembre-se que PROBLEMAS são apenas OPORTUNIDADES disfarçadas!

Deixe um comentário

Outras Notícias