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1ª Exposição de Peixes Ornamentais de Muriaé e Região reúne aquicultores de toda a Zona da Mata

dsc09339A 1ª Exposição de Peixes Ornamentais de Muriaé e Região reuniu dezenas de aquicultores de toda a Zona da Mata, os quais puderam trocar informações e também assistir a palestras sobre tendências de mercado para o segmento ministradas por profissionais especializados.

O evento, que aconteceu na última quarta e quinta-feira (7 e 8), no Sesc, contou com a presença de representantes do Polo de Piscicultura Ornamental de Muriaé e dos presidentes da Associação dos Aquicultores de Patrocínio do Muriaé e Barão do Monte Alto (AAQUIPAM-BMA) e da Associação dos Aquicultores do Vale do Glória (AAQUIVAG), além da participação de piscicultores e autoridades municipais.

Hoje, a produção e a comercialização de peixes ornamentais é a terceira maior atividade do mercado pet, e a região de Muriaé é um dos maiores polos de peixes ornamentais do país. Ao todo, cerca de 400 piscicultores desenvolvem a atividade na região.

No primeiro dia do evento, após a abertura, foi ministrada uma palestra sobre as tendências de mercado de peixes ornamentais. O pesquisador agrônomo e pesquisador da Embrapa Pesca e Agricultura, Fabrício Pereira Resende, apresentou como está a evolução do peixe ornamental no país e no mundo, apontando as oportunidades de inovação na qualidade do peixe, incorporando novas espécies ao sistema de produção, principalmente de espécies nativas, que, segundo ele, têm um “alto valor” agregado tanto para exportação quanto para comercialização nacional. “O produtor tem que sair do trivial e passar a produzir novidade. O mercado está querendo muito novidade e qualidade”, ressalta.

O analista técnico do Sebrae-MG na microrregião de Muriaé, Galvão Emerick, que representa uma das instituições organizadoras da exposição,  afirma que o objetivo do evento foi levar conhecimento e novas técnicas e tendências de mercado aos piscicultores da região. “A atividade é responsável por gerar renda a muitas famílias, e essa característica vai ao encontro do objetivo do Sebrae, que é alavancar negócios capazes de gerar desenvolvimento local, emprego e renda”, diz.

O presidente da AAQUIPAM-BMA, Getúlio Dias Leite, afirma que no evento, os piscicultores puderam também obter mais informações sobre a fiscalização. Segundo ele, a maior dificuldade encontrada hoje pelos produtores de peixes ornamentais não está relacionada à produção, mas em manter o estabelecimento legalizado. “O governo tem uma dificuldade muito grande em identificar o que é piscicultura ornamental e o que é piscicultura de corte. Ainda há uma confusão muito grande relacionada a isso. Por não existir uma legislação específica, nós, piscicultores, somos muito massacrados quando vem a fiscalização, e muitas vezes não temos informações. E esse evento é justamente para isso, para buscar informações junto a entidades governamentais, para que o produtor possa ter tranquilidade em produzir seus peixes”, conta.

O presidente da AAQUIVAG, Márcio Onibene Oliveira, completa dizendo que pretende-se apresentar a produção de peixes ornamentais da região para o Brasil e futuramente para o exterior.

As atividades do primeiro dia foram encerradas com a palestra “Linhas de crédito para piscicultura”, ministrada pelo gerente de Negócios do SICOOB CREDISUDESTE, Clodoaldo Heitor, que apresentou uma linha especial de crédito criada pela cooperativa para atender as necessidades dos piscicultores ornamentais.

O evento continuou na quinta-feira, com palestra, mesa-redonda e apresentação dos resultados da exposição. Nesse último dia, o especialista em Inteligência de Mercado e mestre em Administração de Empresas, Gustavo Vanucci, apresentou um mapa estratégico do polo de piscicultura ornamental. Desde 2014 ele vem construindo com a diretoria e presidência da AAQUIPAM-BMA e AAQUIVAG esse documento, que tem a finalidade de orientar e nortear a diretoria dessas duas instituições em suas ações e promover a articulação desses objetivos junto a entidades como Embrapa, Sebrae, Emater, entre outras que figuram dentro do contexto do peixe ornamental. Em 2015, o mapa foi entregue à AAQUIPAM-BMA e AAQUIVAG, para que as atividades que foram planejadas pudessem ser executadas até 2017. “Esse documento oficial demonstra todos os anseios da atividade do peixe ornamental geridas por essas associações, para que possam almejar algo de novo para os seus associados, produtores e toda a cadeia produtiva de Muriaé”, conta.

Ao final, houve a entrega de certificado de participação aos piscicultores.

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