UNIFAMINAS e Justiça Federal firmam convênio para Capacitação de Conciliadores
A Justiça Federal e o UNIFAMINAS firmaram convênio para a realização de Capacitação de Conciliadores, ministrado e supervisionado por servidoras da Justiça Federal, credenciadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A primeira etapa do curso aconteceu entre os dias 20 e 24 de agosto, a segunda etapa acontecerá de 10 a 14 de setembro.
Das 25 vagas para o curso, 10 foram reservadas para servidores da Justiça Federal de Muriaé e as demais foram ofertadas, gratuitamente e através de edital, a advogados e estudantes do UNIFAMINAS matriculados a partir do 4º ano. Os inscritos foram selecionados através de entrevistas realizadas pelo juiz federal, Renato Grizotti Júnior, coordenador do Centro de Conciliação e diretor da Subseção Judiciária de Muriaé.
Os aprovados efetivaram suas inscrições definitivas mediante a apresentação de documentos e firmaram compromisso de prestarem serviços voluntários como conciliadores ao Centro de Conciliação da Justiça Federal, que funcionará nas dependências do UNIFAMINAS, por 16 horas mensais e durante, no mínimo, 1 ano.
Os condutores do evento disseram, durante coletiva, realizada na segunda-feira (20), os propósitos, as expectativas, os objetivos que nortearão o projeto, bem como os direitos e deveres dos conciliadores.
Margarida Espósito, coordenadora do curso de Direito do UNIFAMINAS, disse que ficou muito satisfeita com o convênio feito com a Justiça Federal. “A conciliação é uma nova forma de atuar no Direito, pois ela foge daquele processo litigioso. A auto composição – método de conciliação de conflitos através de comum acordo – faz parte do novo Código de Processo Civil e os nossos alunos deram uma resposta muito positiva aos serem aprovados para as vagas disponíveis no curso. Com isso, eles terão uma nova visão do próprio Direito, pois passarão a ver a conciliação como um meio de alcançar a Justiça através da conversa e do consenso e, não necessariamente, ter sempre aquele que ganha ou perde, de forma que nenhuma das partes saia satisfeita”, conta.
Eduardo Goulart, pró-reitor do UNIFAMINAS, disse que a parceria com a Justiça Federal é muito importante. “Tivemos o processo de seleção no qual vários alunos se candidataram, foram 15 aprovados neste curso de 100 horas. Como disse o juiz, Renato Grizotti, esta parceria é um marco para nossa cidade. Com isso, o UNIFAMINAS continuará buscando parcerias”, salienta.
Fernando Gomes Schitini, professor do Núcleo de Práticas Jurídicas do UNIFAMINAS, disse que o convênio é extremamente importante para o acadêmico de Direito. “Esta é mais uma porta para que o estudante possa praticar sua atividade antes mesmo de se formar. Então, além da experiência na atuação jurídica o aluno conhecerá o funcionamento da Justiça Federal, pessoas que atuam neste ramo, como servidores, juízes e promotores, e prestará um serviço gratuito à sociedade”, conta.
O juiz federal, Renato Grizotti Júnior, disse que o UNIFAMINAS possui um espaço físico que a Justiça Federal de Muriaé não dispõe. “A parceria com o UNIFAMINAS visa atender em um ambiente físico mais apropriado para este tipo de trabalho, além disso, a convivência com o mundo acadêmico é muito proveitosa, pois a própria ideia da conciliação é nova no âmbito do Direito. Esperamos, assim como os alunos do curso esperam de nós, ajuda e opiniões críticas”, diz.
Grazielle Frota, do TRF 1ª Região, disse que Muriaé está de parabéns. “Por ter apenas uma Vara Federal, não seria obrigatória a criação do Centro, mas o juiz Renato Grizotti e a UNIFAMINAS tiveram uma iniciativa de vanguarda, pois atenderão, da melhor forma, às necessidades jurídicas do cidadão”, conta.
Palavra dos acadêmicos – Beatriz Soares Silva, aluna do 10º período do curso de Direito, disse que a conciliação busca uma solução eficaz dos conflitos. “Todas as partes saem satisfeitas sem haver uma imposição do juiz. Acredito que esta é uma nova tendência no ramo do Direito”, conta.
Beatriz Souza, também do 10º período, conta que esta experiência servirá como capacitação e preparo profissional. “Viemos de uma cultura do processo litigioso, mas sabemos que isso precisa ser desmistificado e a conciliação está sendo uma nova ferramenta para a solução dos conflitos das partes interessadas”.