Eleições municipais de 2016
Neste domingo próximo, dia 2 de outubro, teremos as eleições municipais em todos os 5.568 municípios brasileiros. Como costumam dizer os políticos, é a festa da democracia.
Pode ser que quando você estiver passando os olhos por esta coluna, já estaremos todos sabendo quem serão os futuros mandatários da grande maioria dos municípios brasileiros, uma vez que os eventuais segundos turnos da eleição majoritária só serão realizados nas cidades com mais de 200 mil habitantes, no dia 30 de outubro.
Como já escrevi aqui neste espaço em outras oportunidades, a eleição municipal é o pleito eleitoral no qual a representatividade política encontra-se mais perto da população. E, por isso, cresce a responsabilidade, tanto do Executivo eleito como dos representantes do Legislativo. É necessário que todos os candidatos tenham consciência disso, uma vez que, como fruto dos avanços que tivemos da nossa democracia nos últimos anos, o eleitor mais consciente tem ido para as ruas fazer as cobranças das promessas feitas nos palanques. Aos trancos e barrancos, como dizem por aí, a sociedade tem cobrado mais. De tanto ser desrespeitada, ela está um pouco mais exigente. A prova de que está havendo uma mudança no país são as constantes visitas de homens públicos poderosos para verem o “sol nascer quadrado”, mesmo que seja por alguns dias. E isso, sem dúvida, gera uma expectativa de mudança nos conceitos de fazer política, embora estejamos muito aquém do desejável.
Outra característica que vejo como positiva nestas eleições foi a mudança de comportamento dos candidatos, pelo menos no que se refere à poluição sonora e visual. Não sei se por acordo ou por falta de “grana” para gastar, em função da proibição das doações por empresas que é resultado da minirreforma política feita no ano anterior, a cidade encontra-se um pouco mais limpa. Além de encurtar o tempo de campanha de 90 para 45 dias, reduziram também o tempo nas redes de rádio e TV para 35 dias, fazendo com que se poupasse o ouvido dos eleitores, resguardando-os das asneiras que alguns candidatos falam e, principalmente, das promessas inexequíveis que ele, o eleitor, sempre tem a certeza de que não serão cumpridas.
Em Muriaé, me parece que os 45 dias de campanha foram suficientes para que os candidatos apresentassem as suas propostas de administração da cidade. Ressalvando alguns pequenos percalços, até aqui, ou eventuais novidades que possam ocorrer até domingo, me parece que a campanha foi até tranquila, considerando as rixas políticas locais. Os candidatos tiveram o tempo necessário para expor as suas ideias através de seus comícios previamente agendados e até através de um debate, cujo formato pode ser lapidado nas próximas eleições, para que possa atingir um maior número de eleitores interessados em conhecer melhor os candidatos.
No mais, é esperar a próxima semana para que possamos saber o que vão revelar as urnas.
Até lá, então.