Editorial
Enquanto a mídia e todo o país estão com as suas atenções voltadas para as questões políticas, econômicas e, principalmente, para os trabalhos de investigação que buscam desvendar quem são os “artistas” que assaltaram o país, há outras questões de grande interesse da sociedade que vão ficando pelo caminho, sem que as autoridades tomem as providências cabíveis para resolvê-las, ou, pelo menos, tentem mitigá-las, para dar um pouco mais de tranquilidade à população.
Uma delas é a questão das drogas, cujo enfrentamento deve ser feito sem nenhuma trégua, seja através de atividades repressoras, utilizando-se da legislação vigente, ou seja tratando-a, em alguns casos específicos, como uma questão de saúde pública.
Na esteira do consumo de drogas, cresce em todas as cidades, por exemplo, o uso do crack, o mais destruidor dos derivados da cocaína, uma droga que, quando utilizada, chega ao cérebro em segundos, vicia em poucos dias e vira pesadelo permanente, afetando em poucos meses vários órgãos como o próprio cérebro, o coração e os intestinos. O seu efeito devastador não escolhe cor, gênero, religião ou classe social, invadindo a sociedade e escravizando milhares de pessoas.
Todos os estudos feitos até aqui apontam para a certeza de que o narcotráfico e o consumo de drogas são os maiores geradores da violência que impera na maioria das cidades brasileiras, não só as grandes metrópoles, mas também as pequenas cidades, uma vez que tanto o uso como o tráfico estão se interiorizando.
Portanto, não se pode negar que há um vínculo muito grande entre o consumo e o tráfico de entorpecentes com toda essa violência da qual somos testemunhas. Violência urbana e as drogas formam uma parceria de causa e efeito que vêm provocando um verdadeiro extermínio de pessoas. Com a palavra, as autoridades.