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Campanha de vacinação contra a febre aftosa começa no domingo

Foto: Divulgação IMA
Foto: Divulgação IMA

Começa no próximo domingo (1º), a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais. Produtores rurais terão até 31 de maio para vacinar bovinos e bubalinos, independentemente da idade. Deverão ser imunizados aproximadamente 23,9 milhões de animais no estado.

A vacinação do rebanho permanece obrigatória e como principal forma de se prevenir a doença. O produtor que não vacinar os animais estará sujeito à multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 75,27 por cabeça.

Minas Gerais completa em maio 20 anos sem registro de focos de febre aftosa no seu rebanho. “Estas duas décadas sem a doença no plantel mineiro são um marco importante para todos os elos da cadeia produtiva da bovinocultura mineira”, argumenta Márcio Botelho, diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pela gestão da campanha de vacinação em Minas.

“Ganham os produtores, que têm o seu gado protegido contra a doença, permitindo a continuidade do seu negócio, e ganham também os consumidores, com a garantia do abastecimento dos produtos da bovinocultura (carne, leite e derivados) com qualidade e segurança alimentar”, ressalta Botelho.

EXPORTAÇÕES – Minas Gerais possui o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 23,9 milhões de cabeças e lidera o ranking nacional da produção de leite, com 9,3 bilhões de litros/ano.

Amparado nesses indicadores, Márcio Botelho lembra que os 20 anos sem registro de aftosa são importantes também para as exportações mineiras, pois têm garantido a Minas o status de área livre de febre aftosa com vacinação junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), o que permite ao estado o acesso aos mercados internacionais.

Em 2015, as exportações mineiras de carne bovina somaram 99 mil toneladas, com faturamento de US$ 399,6 milhões e, no primeiro trimestre deste ano, já contabilizaram US$ 98,3 milhões.

Os principais países compradores do produto mineiro, em 2015, foram Hong Kong, em primeiro lugar, com 24,1% das vendas externas de Minas, seguido pela China (14,4 %), Israel (9,5%), Rússia (8,8%) e Chile (7,4%). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), analisados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

VACINAÇÃO – O produtor rural deve adquirir a vacina em estabelecimentos registrados para o comércio de produtos de uso veterinário, apresentando, no ato da compra, o número do CPF do produtor rural.

Após a compra, é fundamental a correta conservação da vacina, que deverá estar sempre numa temperatura entre dois e oito graus centígrados, de forma a garantir sua eficácia na imunização do rebanho.

Durante a execução da vacinação, a vacina deve ser mantida em caixa de isopor com gelo, da mesma forma que a seringa, quando não estiver sendo utilizada. “É importante também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia”, diz o gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Guilherme Costa Negro Dias.

Os produtores deverão adquirir a vacina dentro do mês de maio e terão até 10 de junho para comprovar a vacinação dos animais perante o IMA.

“Esta comprovação pode ser feita de duas formas após aquisição da vacina em quantidade compatível com a exploração pecuária e a vacinação do rebanho”, explica Natanael Lamas Dias, fiscal agropecuário do IMA e coordenador, em Minas, do  Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

Na primeira, o produtor realiza a declaração por meio do site do IMA (www.ima.mg.gov.br). Outra opção é levar a declaração de vacinação já preenchida juntamente com a nota fiscal de compra das vacinas a um dos escritórios do IMA.

SINTOMAS – Natanael Lamas Dias alerta que na ocorrência de um foco da doença, o  prejuízo para os pecuaristas não se restringe apenas ao bloqueio das exportações e queda imediata de seu faturamento. “Procedimentos como o sacrifício de animais susceptíveis à doença que entraram em contato com o gado infectado deverão ser adotados”, explica.

Dias relata que a febre aftosa é uma doença viral altamente transmissível e que pode se espalhar rapidamente, se medidas de controle e erradicação não forem implementadas desde a sua detecção. Entre os sintomas estão febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas. Os animais infectados babam, mancam, arrepiam o pelo e param de comer e beber, com queda na produção de carne e leite.

VIGILÂNCIA – O diretor-geral do IMA, Márcio Botelho, pondera que para a conquista e manutenção do status de área livre com vacinação tem sido fundamental o compromisso dos produtores rurais mineiros com a imunização dos  animais, vacinando o plantel anualmente em duas etapas, maio e novembro.

Botelho ressalta também o trabalho de orientação, fiscalização e vigilância realizado pelo IMA junto aos produtores rurais, às propriedades e ao rebanho. “O IMA integra o sistema da Seapa e o conjunto de seus servidores tem realizado um trabalho que é essencial para a defesa agropecuária de Minas. Importante também o trabalho e a parceria das entidades

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