Bancários encerram a greve e agências voltam a funcionar nesta sexta-feira
Após 31 dias de paralisação, os bancários decidiram encerrar a greve da categoria após mais de um mês. Em Muriaé, a decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de quinta-feira (6), na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Muriaé e Região.
Todas as agências bancárias da cidade aderiram ao movimento e ficaram fechadas durante esse período de paralisação. Com a decisão de término da grave, as agências voltam a funcionar nesta sexta-feira (7).
A terceira oferta apresentada Fenaban (Federação Nacional do Bancos) na noite de quarta-feira (5) foi de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500,00. A proposta também inclui aumento de 10% no vale-refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale-alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.
A greve de 2016 supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então, com duração de 30 dias, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.
NEGOCIAÇÕES – Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.