O vereador afastado, Carlos Delfim (PDT) prestou depoimento virtual, através de vídeo conferência aos parlamentares que fazem parte da comissão processante da Câmara Municipal, na segunda-feira (12).

Os membros da Comissão participaram da vídeo conferência com Delfim e seus advogados a fim de que o acusado tivesse a oportunidade de se defender e esclarecer os questionamentos do presidente da Comissão, Vereador Anderson da Caixa (PSD) e os demais membros vereadores Gerson Varella Neto (PSL), Devail (PP), Dr. Frederico (PTB) e Elvandro Cheroso (CID).

O depoimento foi sigiloso, durou cerca de 40 minutos e a imprensa não teve acesso. Essa foi a primeira vez que Delfim apresentou suas versões dos fatos.

Agora, a comissão se reunirá e enviará um relatório à presidência da Câmara. Em seguida, o documento será analisado pelos outros vereadores que decidirão se o mandato do vereador será cassado ou não. Para que a cassação ocorra, são necessários, pelo menos, 2/3 dos votos a favor. Enquanto o processo tramita, Carlos Delfim segue recebendo mensalmente o salário de vereador que atualmente, gira em torno de R$ 10 mil.

De acordo com nota da Ascom da Câmara, “Apesar de alguns atrasos ocorridos por determinação judicial, o processo segue cumprindo as etapas estipuladas para se chegar a conclusão.”

Delfim é acusado pelo Ministério Público de exigir, quando no exercício do cargo, vantagens indevidas a então assessora da Diretoria Legislativa da Câmara de Vereadores, entre fevereiro de 2014 a janeiro de 2016. De acordo com informações do MPMG, durante as investigações, foi apurado que a ex-assessora foi coagida a repassar mensalmente mais da metade dos seus vencimentos ao parlamentar, que a obrigou a contrair um empréstimo de R$ 8 mil, parcelados em 36 meses.