PMs envolvidos na morte da manicure Nayara Rocha foram ouvidos no Fórum de Muriaé
As audiências de instrução aconteceram na quarta e na quinta-feira quando outras testemunhas também falaram em juízo
Os dois policiais militares acusados de estarem envolvidos na morte da cabeleireira e manicure Nayara Rocha de Andrade, foram ouvidos no Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros em Muriaé, durante a audiência de instrução que aconteceu nas tardes de quarta (1) e quinta-feira (2). Além dos suspeitos, outras testemunhas falaram em juízo. O delegado responsável pelo caso e adjunto da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Glaydson Souza, também testemunhou.
Entre a quarta e a quinta-feira, foram ouvidos o principal suspeito de ter assassinado Nayara, um sargento da Polícia Militar de Muriaé que também era primo da vítima e um cabo da PM de Belo Horizonte, suspeito de ter comprado o veículo utilizado para a prática do crime. Ambos estão em prisão preventiva: o sargento, no 21º Batalhão de Polícia Militar em Ubá e o cabo, no batalhão da ROTAM na capital mineira.
Os envolvidos chegaram ao Fórum, em viaturas da Polícia Militar, acompanhados de seus respectivos advogados de defesa, que deram entrevista aos órgãos de imprensa, mas não divulgaram suas estratégias. Já o delegado Glaydson Souza informou que o inquérito foi concluído e entregue ao Judiciário. O julgamento ainda não tem data para acontecer.
Nayara Andrade Rocha tinha 34 anos quando foi baleada dentro de seu salão de beleza, na manhã de 1º de junho. O crime aconteceu na Rua Belisário, na Barra. A manicure chegou a ser socorrida por uma equipe do SAMU, mas morreu três dias depois no Hospital São Paulo.
Os suspeitos foram presos no dia 21 de junho, o sargento em Muriaé e o Cabo em Belo Horizonte. Conforme investigação da Polícia Civil, o sargento da PM teria cometido o crime e forjado documentos para receber indenizações relativas a seguros de vida contratados pela prima em valores que ultrapassariam R$ 15 milhões.