Jovem sequestrada em Orizânia é encontrada pela PM

sequestroA estudante Micaela do Amaral Faria, de 16 anos, que foi sequestrada em Orizânia na noite de quarta-feira (6), na BR-116, foi libertada por volta das 20h30min desta quinta-feira (7), pelos sequestradores, na região do córrego Onça, Zona Rural de Orizânia. Equipes das polícias Militar e Civil se mobilizaram durante todo o dia em buscas e investigações sobre o paradeiro da jovem.

Um morador da Zona Rural foi quem acionou a Polícia Militar, quando Micaela apareceu na porta de sua casa. Ela estava aparentemente bem e sem ferimentos.

A adolescente contou aos policiais que foi rendida por três indivíduos encapuzados. Dois deles portavam arma de fogo, a puxaram da van e a colocaram no veículo Audi, de cor prata, roubado mais cedo e encontrado incendiado durante a madrugada, na Zona Rural de Divino. Ainda segundo a jovem, dois autores sentaram no banco da frente do carro e um ao seu lado, vindo a dar ordem para que ficasse olhando somente para baixo.

A adolescente contou também que, após aproximadamente uns 15 minutos transitando pela BR-116, sentido ao município de Divino, entraram em uma estrada vicinal. Um dos bandidos pegou o celular dela e afirmou que ligaria para o pai da jovem com a intenção de exigir uma quantia em dinheiro.

Micaela Faria contou que os bandidos ameaçaram, dizendo que, caso os pais não pagassem o resgate, não a veriam novamente.

CASA ABANDONADA – A jovem disse que ficou presa num quarto de uma casa aparentemente abandonada, na Zona Rural, com suas mãos e pés amarrados. Os autores alegaram que havia alguém vigiando e saíram.

Somente à noite os homens retornaram, desamarraram suas mãos e pés, mandaram-na seguir até a casa mais próxima e pedir socorro.

Aos policiais, Micaela contou que os autores alegaram que viram o perfil dela no Facebook e ficaram com “dó”, por isso a libertaram. Os sequestradores teriam pedido R$300 mil de resgate aos pais da jovem, mas eles alegaram que não dispunham desta quantia.

A jovem foi levada pelos policiais até o quartel em Orizânia, onde os pais a aguardavam. Uma multidão comemorou a chegada da jovem. Em seguida, ela foi encaminhada para a delegacia em Divino, para prestar informações.

CERCO POLICIAL – O delegado Ramon Sandoli, da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil de Belo Horizonte, conta que o cerco aos autores foi um fator positivo. “Houve diligências em toda a região buscando a identificação dos autores e a localização deles e da jovem. Durante o curso da investigação, os envolvidos, percebendo a aproximação do cerco policial, tiraram a jovem do cativeiro e a libertaram. Foi quando ela pediu ajuda numa casa. As investigações continuam para poder chegar a esses envolvidos e indiciá-los no inquérito policial”, pontua.

Ainda segundo o delegado Ramon Sandoli, “todos os fatos apurados serão fruto de investigação para confirmar detalhadamente o que aconteceu e verificar o sequestro ou até outro fato criminal. Ainda é cedo para afirmar se eram ‘x’ autores, se eram da região, se houve um planejamento ou se foi um ‘sequestro por acaso’, ou seja, pegaram a adolescente por ter um potencial de pagar um resgate e depois desistiram. Não há marca de agressão e nem de maus tratos na vítima, felizmente”.

O delegado ainda explicou que todos os envolvidos, testemunhas e parentes serão ouvidos e questionados sobre os fatos.

O tenente Batista, comandante do Pelotão da PM em Divino, contou que, a partir do momento do registro do fato, foram acionadas as equipes da Polícia Militar em toda a região para que “pudessem fazer cerco a esses elementos, inclusive visitando propriedades rurais. Isso tudo acabou culminando com o sucesso e a libertação da menor. Foi um trabalho conjunto entre PM e Polícia Civil e que resultou num desfecho feliz”.

*Texto e foto: www.portalcaparao.com.br

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