Eternidade!
O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens
“A Eternidade é a vitória do tempo sobre o próprio tempo.” – Joanna de Ângelis
A prova mais palpável de que a vida continua após o decesso corporal – não considerando as comunicações mediúnicas – é o pressentimento dessa realidade trazido ao homem pelo Espírito nele encarnado…
Ciente dessa característica humana, o Codificador da Doutrina Espírita indaga dos Maiores da Espiritualidade : “donde nasce, para o homem, o sentimento instintivo da vida futura?”
Resposta: “já temos dito: antes de encarnar, o Espírito conhecia todas essas coisas e a Alma conserva vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual”.
Completando o pensamento dos Benfeitores Espirituais, aduz Kardec: “em todos os tempos, o homem se preocupou com o seu futuro para lá do túmulo e isso é muito natural. Qualquer que seja a importância que ligue à vida presente, não pode ele furtar-se a considerar quanto esta vida é curta e, sobretudo, precária, pois que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma certeza lhe sendo permitida acerca do dia seguinte.
Que será dele após o instante fatal?! Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos apenas, mas da Eternidade…
A ideia do nada repugna à razão. Crer em Deus, sem admitir a vida futura é um contrassenso. O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado em vão”.
Séculos antes de Kardec, o apóstolo Paulo, confiante na Eternidade e na Imortalidade da Alma, já escrevia aos coríntios : “se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.”
Hoje, com o conhecimento Espírita, a perspectiva do futuro encontra-se completamente transformada, uma vez que o Espiritismo não aventa hipóteses, mostra a realidade, através da observação científica. O véu que ocultava o “nec plus ultra” da tumba foi erguido e o Mundo Espiritual mostra-se estuante em plenitude pelos Espaços infinitos… Não é apenas a esperança, mas a certeza que conforta o coração de quem estudou e compreendeu; e essa confiança está respaldada pela lógica e integralmente harmonizada com a Justiça e bondade de Deus, correspondendo, assim, às mais íntimas aspirações da humanidade…
Quando Jesus afirmou que Deus não é Deus dos mortos e que Ele próprio veio trazer-nos vida, e vida abundante, Ele se referia, sem sombra de dúvida à Imortalidade gloriosa!
O mundo corporal e o mundo espiritual estão intimamente imbricados, assistindo-se mutuamente…
Para o Espírita a palavra Eternidade não soa como um conceito vago da metafísica, mas como uma realidade palpável que nos aguarda, sendo “a vitória do tempo sobre o próprio tempo”.