Editorial 18/10/2019
As aterrorizantes mortes por balas perdidas devido aos confrontos de facções criminosas e a polícia na cidade do Rio de Janeiro, trás à tona o tema da violência nas cidades.
A violência urbana é um dos temas mais discutidos entre sociólogos, psicólogos, juristas e outros estudiosos que pesquisam e avaliam o comportamento humano dentro da sociedade. Ela é uma das principais causas do desvirtuamento e da subversão das reais funções do homem no meio em que vive, e, em que pese à preocupação das autoridades e o aparato de segurança do Estado, temos visto verdadeiras guerras nas ruas, causando pânico e insegurança para sociedade.
A marginalização do homem, cuja falta de oportunidades e de perspectivas, são fatores que proporcionam os surgimentos das atividades ilícitas como a prostituição de adultos e crianças, o tráfico de drogas, a formação de quadrilhas e vários outros crimes de conhecimento da sociedade. Existem outras questões que devem ser debatidas também, como o crescimento desordenado de favelas nas periferias das cidades. A baixa renda e a falta de emprego fomentam a aglomeração de habitantes, formando uma configuração própria na paisagem das cidades, uma vez que não podendo comprar um imóvel digno para a sua moradia, muitas pessoas ocupam áreas periféricas sem condições, e, na maioria dos casos, em áreas de risco, provocando a expansão de casas precárias e bairros totalmente marginalizados.
Aliando-se a tudo isso, há ainda o despreparo de policiais que ao invés de proteger a população saem atirando sem qualquer responsabilidade, o que resulta na morte de inocentes.
Portanto, é revoltante a situação em que se encontra a população, onde o medo de sair às ruas é patente. Sair de casa, ir e vir com tranquilidade é um direito constitucional do cidadão. E dar segurança para sociedade é um dever do estado. Com a palavra as autoridades.