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Crise na infraestrutura da Cidade Administrativa pauta audiência

Debater a gestão da Cidade Administrativa pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Esse é o objetivo do debate que a Comissão de Administração Pública realiza nesta terça-feira (18/6/24), a partir das 16 horas, no Plenarinho II da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O requerimento para a audiência pública é de autoria do deputado Professor Cleiton (PV) e da deputada Beatriz Cerqueira (PT).

Situada no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte, e com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, a Cidade Administrativa custou aos cofres públicos quase R$ 3 bilhões em valores atualizados. Inaugurada na gestão do então governador Aécio Neves, a Cidade Administrativa foi construída para substituir o Palácio da Liberdade como sede do Executivo.

Praticamente desde sua inauguração, há 14 anos, é tema frequente de relatos na Imprensa de irregularidades nas obras e problemas na infraestrutura. Além da falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB) já foram noticiadas também quedas de janelas, de forros e paredes e pisos com problemas e alagamentos. Três acordos de leniência já teriam sido firmados entre construtoras responsáveis e o Governo do Estado para reparação de supostos prejuízos, totalizando R$ 374 milhões. Mas o caso ganhou ainda mais gravidade em novembro do ano passado com a morte de um servidor da Secretaria de Estado de Saúde (SES) no dia 27 daquele mês.

Marcos Tadeu Rozemberg, de 66 anos, morreu dentro do prédio Minas da Cidade Administrativa, após ter subido de escada por seis andares em virtude de uma pane nos elevadores que já durava mais de uma semana.

Na ocasião, conforme relatado na Imprensa, todos os 22 elevadores do prédio estavam sem funcionar. Os servidores atingidos teriam sido liberados para trabalhar em casa, mas aos poucos estariam sendo reconvocados. Marcos Rozemberg teria ido ao trabalho naquele dia justamente para pedir para continuar em teletrabalho.

No requerimento que possibilitou a realização da audiência, Professor Cleiton reforça a gravidade da situação, que, além de afetar a rotina e saúde dos servidores e o bom andamento dos serviços públicos, ainda gera prejuízos ao erário e para todos os cidadãos mineiros.

Para a reunião foram chamados diversos representantes da Seplag e também da Secretaria de Estado de Governo (Segov). A chefe de gabinete da Seplag, Silvia Caroline Listgarten, já confirmou presença.

Também foram chamados representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Ministério Público e, por fim, da Mesa Estadual de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde (SUS).

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