Criança realiza sonho e comemora aniversário com os garis
“Eu quero ser lixeiro!”. Esse é o desejo do menino Pedro Lopes de Andrade Gouvea, de 4 anos, quando a família pergunta o que ele quer ser quando crescer. A resposta vem com a mesma alegria e intensidade de quando chegam os “personagens” de seu sonho na sua rua no bairro São Francisco. Reais, eles correm atrás do caminhão prensa, coletando o lixo pela cidade, fazendo amigos nas casas. E não diferente de outras crianças, da sua janela, Pedro foi construindo dia a dia uma intimidade e, hoje, tem uma amizade com os garis, servidores do Demsur, Sandro, Bebeto, Júlio, Genésio e Marco Antônio.
Mas Pedro tinha mais um desejo, e esse foi atendido por seus pais, Itália Lopes e Leandro Gouvea: comemorar seu aniversário de 4 anos junto de seus “amiguinhos”. Ao ser comunicada por seus pais do desejo do filho, a diretoria do Demsur, com apoio dos familiares de Pedro, proporcionou, na quarta-feira (22), no ponto de apoio, no bairro São Pedro, o momento tão esperado pelo garoto. Vestido a caráter, de uniforme de gari, Pedro teve o “Parabéns pra você!” cantado pelos servidores, familiares e pelo diretor-geral da autarquia, Geraldo Vergilino de Freitas Junior.
“O que ficou para nós deste momento foi o desejo de uma criança ser gari, o respeito com que os pais tratam essa questão de profissão. Eles fizeram de tudo para que o sonho de Pedro fosse realizado; incentivaram, porque a admiração e amizade devem ser preservadas e todas as profissões respeitadas”, destaca Geraldo Júnior.
“Este foi o terceiro ‘parabéns’ realizado para Pedro. Um foi em casa, com os familiares, outro na Escola São Paulo e hoje aqui, junto aos garis. Eu só tenho a agradecer pela acolhida. Realizamos o sonho de meu filho. Ter seus amiguinhos garis em sua festa foi um presente para nós”, diz Itália Lopes, mãe de Pedro.
Paulo Roberto (Bebeto), servidor há dois anos no Demsur, falou da satisfação e reconhecimento das crianças pelo trabalho do gari. “Foi uma grande satisfação, porque muitos adultos não reconhecem o trabalho dos garis, mas as crianças têm reconhecido e têm até vontade de trabalhar com a gente. Muitos pais perguntam ao filho qual profissão ele quer ter quando crescer e eles respondem ser garis, isso por ver a atividade que a gente faz durante o dia”, afirma Bebeto.
“A gente fica feliz por ter uma criança do lado da gente. É um prazer imenso vê-los satisfeitos quando a gente passa para pegar lixo na porta da casa deles. Foi um momento muito feliz para nós, para a família dele”, completa Júlio, servidor há 15 anos do Demsur.
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