Coronavírus: nem desatenção, nem pânico

A mídia fala 24 horas por dia sobre o “corona vírus”. Primeiro porque a disseminação do vírus é muito rápida e segundo porque o sensacionalismo sempre foi uma tônica nos meios de comunicação em todo o mundo e em todo o sempre. Longe de querer afirmar que não devemos  nos preocupar com o neófito e esperto vírus. Ele é muito bom mesmo para se locomover e vai, numa velocidade louca visitando todos os países do planeta. Por ter uma forma parecida com uma coroa, foi batizado de “Corona Virus”.

Mas o que preocupa é a disseminação pelas redes sociais de mensagens alarmantes que, em vez de servirem à população, quase que aterrorizam as pessoas. A velocidade das informações em tempos de “redes sociais” é tão grande que quase não nos dão tempo para processa-las. Pelas informações que se tem, após sua filtragem crítica e despidas dos exageros aterrorizantes, já sabemos que a transmissão do vírus é mesmo muito rápida, mas a sua letalidade é baixa. Existe o perigo sim para as pessoas idosas ou portadoras de doenças pré-existentes. Mas isso ocorre com qualquer tipo de gripe. Pessoas como eu, na casa dos oitenta, com essa quilometragem toda, devemos ter mais cuidado mesmo.  Há poucos dias o meu neto de quatro anos estava mostrando a todos um vídeo, no celular, desses de dar susto. Quando eu pedi para ver, ele me respondeu: “Você não pode ver não vovô, você tem problema de coração”. Até meu netinho já sabe que velho pode se dar mal até com um susto. É claro que tombo com fratura óssea, disenteria e pneumonia sempre foram problemas sérios para nós idosos, por isso o cuidado com o contagio do vírus do Corona ou de qualquer gripe. Nada de sair de um banho quente com corrente de ar nas costas. Diz a lenda que Napoleão Bonaparte dizia: “prefiro um tiro no peito do que um vento nas costas…”

Mas não podemos chegar ao desespero ou a uma histeria coletiva e pensar no Corona Virus como se fosse a Peste Negra, transmitida pela terrível bactéria “Yersina Pestis” que transitando entre o rato negro e a pulga, contaminava os humanos e matou um terço da população europeia naqueles idos entre os séculos  XIV, XV, chegando às portas do séc. XIX.  O momento é sério mas é preciso acima de tudo muito equilíbrio para lidar com a situação. Nessas horas surgem os oportunistas de plantão que procuram se utilizar do sofrimento e da apreensão alheia para fins políticos, seguindo a teoria do “quanto pior melhor”.  Chego até a pensar que pode ter muita coisa a mais por trás desse Corona vírus. E não estou falando em “Teoria da Conspiração”. O jornalista Alexandre Garcia lembrou, há dias, que já tivemos os momentos da gripe Asiática, da gripe Aviária, da gripe Suína e em todos esses momentos as bolsas internacionais caíam e também as ações de grandes empresas e Commodities e naqueles momentos grupos compravam ações e se locupletavam. A China mesmo comprou há pouco tempo, através da empresa Geely, do magnata chinês Li Chufu, o controle acionário da AB Volvo, poderosa fábrica de veículos sueca, por mais de três bilhões de euros e, recentemente, por quase oito bilhões de euros, o controle da Daimler alemã, fabricante da Mercedes Benz.

Em tempos de velocidade nas informações é preciso o cuidado de separar o joio do trigo. Precaver-se sim, mas não entrar em pânico influenciado por notícias que podem não corresponder à realidade.

Exercitar a crítica, ao ouvirmos uma notícia, evita percebermos o fato além da realidade em que ele realmente está.  Por isso é necessário, em um momento como este, analisar sempre com cuidado as informações recebidas, filtrar os excessos e, aí sim, tomar a decisão que o caso requer. Se se instalar o pânico, vai acabar tendo gente usando luvas para teclar na Internet porque ouviu dizer que computador pode ter vírus e vai que seja o danado do Corona…

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