Aumenta o número de casos de dengue em Muriaé

O número de casos de dengue em Muriaé subiu um ponto de janeiro a abril, de acordo com o resultado do levantamento do Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa). A divulgação foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde, através da coordenação de Vigilância Ambiental durante o programa semanal da Prefeitura em uma rádio local. A coordenadora da pasta, Fabrine Reis, esclareceu a doença está sob controle na cidade, mas é importante a população ficar atenta e tomar os cuidados necessários para evitar infestação.  

Recentemente os agentes de endemias retornaram com as visitas, após dois anos afastados devido à pandemia. A orientação é que os moradores recebam esses profissionais e sigam suas instruções. Fabrine Reis explicou que o levantamento é feito em residências e terrenos baldios, sorteados aleatoriamente, através de um sistema utilizado pela secretaria. Ela também informou que os bairros com maior número de focos foram o São Gotardo, Porto e Centro.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também divulgou os resultados do Lira de 2022, mostrando que a situação é de risco em 233 (27,3%) cidades, que apresentam índice de infestação igual ou maior que 4. Outros 344 (40,3%) estão em alerta e em 205 (24%) o indicador é classificado como satisfatório, ou seja, o índice de infestação é menor que 1. Nesta edição do estudo, 71 municípios (8,3%) não realizaram o Lira.

A SES ainda alerta para o número de mortes provocadas pela doença, até 4 de maio, 20.086 casos e nove óbitos foram confirmados, número maior que em todo o ano passado, quando oito pessoas morreram por dengue em Minas. Atualmente, outros 30 óbitos são investigados no estado.

Apesar do cenário, o secretário da SES-MG, Fábio Baccheretti, está otimista. “A cada três anos, temos um pico de casos de dengue. Foi assim em 2013, 2016 e 2019 e estamos em 2022. Geralmente, no estado, o aumento ocorre em março e abril. Porém, estamos em maio e tivemos um pequeno crescimento na incidência, mas não acredito que isso vá se prologar em Minas”, contextualiza.

 Em relação à febre chikungunya, foram registrados 1.314 casos prováveis da doença, dos quais 247 foram confirmados. Quanto ao vírus zika, foram registrados 28 casos prováveis, sendo dois confirmados. Não há óbitos por zika em Minas Gerais até o momento.

No entanto, todo cuidado é pouco. Para evitar uma epidemia no estado, equipes da secretaria são enviadas para realizar força-tarefa em regiões de mais incidência da doença. As ações envolvem visitas domiciliares para o controle e redução do vetor, além de conscientização e mobilização da população. “Todo mundo sabe como evitar a dengue, em ações como cuidar da limpeza da casa, não deixar água parada, tampar caixas de água”, reforça o gestor.

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