A Notícia Esportiva – 27/12/2019

Sonhando com acesso para a elite do Campeonato Mineiro, Nacional comemora 92 anos

O dia 25 de dezembro é uma data especial para todos. E para o Nacional de Muriaé, significa ainda mais: foi nesta data, que em 1927, o clube foi fundado.

O NAC completa 92 anos em 2019 se preparando mais uma vez para a disputa do Campeonato Mineiro do Módulo II. Será a sexta participação seguida do clube na competição.

Nestes anos, por vezes o time esteve perto do acesso, como na última edição, em que acabou eliminado nas semifinais diante do Coimbra.

A esperança de voltar a disputar a elite do futebol mineiro move o clube em 2020. A apresentação para o início da pré-temporada está marcada para o dia 3 de janeiro, às 16h, no Centro de Treinamento, anexo ao estádio Soares de Azevedo.

A comissão técnica está definida e será liderada pelo treinador Gian Rodrigues. O elenco também está bem encaminhado: 23 jogadores já foram anunciados, mas novas contratações não estão descartadas.

A tabela do Módulo II já foi divulgada e o Nacional tem estreia marcada para o dia 8 de fevereiro, contra o Serranense, em Nova Serrana. A primeira partida em casa acontece uma semana depois, diante do Pouso Alegre.

Entre idas e vindas no futebol profissional, o NAC se prepara para mais uma temporada. E espera comemorar o próximo aniversário já na elite do estado, a qual disputou pela última vez no longínquo ano de 1980.

OPINIÃO

Distância 

A final do Mundial de Clubes terminou com o título do Liverpool, após vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, na prorrogação.

O resultado e o contexto do jogo suscitaram debates acalorados. Em tempos de redes sociais, é difícil chegar a uma opinião equilibrada. De um lado a outro, muitos querem só ler/ouvir o que lhes interessam, o que chamamos de “viés de confirmação”.

Dito isto, não há como negar que o time brasileiro saiu de cabeça erguida, apesar da derrota. Aliás, qualquer que fosse o resultado, o ano do Flamengo não seria manchado de forma alguma. E a atuação contra o melhor time do mundo fez o torcedor rubro-negro ter ainda mais orgulho do time.

Esse reconhecimento é necessário para iniciarmos a conversa. Provável que qualquer outra equipe brasileira tivesse dificuldades muito maiores diante do Liverpool. Não é fora da realidade imaginar até em uma possível goleada.

Agora, daí pensarmos que o jogo foi “de igual para igual” como tem sido tão alardeado é outra discussão. Não há dúvidas que o Liverpool mereceu vencer. Se levarmos em consideração as chances claras criadas, o Flamengo teve apenas uma, ao longo dos mais de 120 minutos: a finalização de Gabigol para excelente defesa de Alisson, quando ainda estava 0x0. Se esticarmos um pouco mais a corda, podemos incluir o lance de Lincoln já no segundo tempo da prorrogação, apesar de não ser uma finalização fácil.

Já a equipe inglesa criou bem mais: logo aos 42 segundos de jogo, Roberto Firmino esteve de frente com Diego Alves e chutou para fora. No início do segundo tempo, a mesma coisa, só que a finalização parou na trave. Fora os lances de Keita, Mané, Arnold, Van Dijk, Henderson…

O jogo não foi tão igual assim. O que de maneira alguma desmerece a atuação do Flamengo. Não é fácil encarar o atual campeão europeu e que lidera a Premier League com certa folga. Para ser sincero, pessoalmente achei que o placar seria um pouco mais elástico em todas as análises que fiz antes da partida.

Apesar de todos os adendos, não dá para negar que o Liverpool esteve sempre mais perto da vitória. A maior posse de bola do Flamengo também pode ser entendida pela característica de jogo do adversário, que é reconhecidamente um time rápido, de contra-ataques mortais, tal como no gol de Firmino, que garantiu o título.

O que evidencia a distância que ainda há entre o futebol europeu para o sul-americano. Os melhores jogadores do mundo estão lá. A mera comparação dos valores de mercado entre os elencos dos finalistas do Mundial mostrava que os jogadores do time inglês “valem” 10 vezes mais que a equipe brasileira. Dá para competir? Até dá. Dá para ganhar? Ainda é muito difícil…

Se olharmos em retrospectiva, a última vez que um time sul-americano saiu com a Taça do Mundial de Clubes foi em 2012, quando o Corinthians bateu o Chelsea por 1 a 0. E olha que o time inglês chegou bastante “esfacelado” em relação àquele que havia vencido a Champions League seis meses antes. O que, de maneira alguma, tira o mérito da conquista corintiana. Mas o registro precisa ser feito.

Portanto, são sete anos seguidos de domínio europeu. Antes de 2012, as últimas vitórias sul-americanas haviam sido em 2005 (São Paulo sobre o Liverpool) e 2006 (Internacional sobre o Barcelona).

Reiterando: o objetivo desse texto não foi minimizar a atuação do Flamengo. Muito pelo contrário. O time comandado por Jorge Jesus deve ser enaltecido por encarar o jogo sem negar suas características. A equipe não se acovardou e isso precisa ser louvado. Mas mesmo o melhor brasileiro em muito tempo não conseguiu ser páreo para o campeão europeu.

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